Investimentos

Dólar dispara, mas ainda vale a pena comprar, aponta analista da Empiricus; saiba qual a melhor maneira de investir na moeda

Considerado um “porto seguro” para as carteiras de investimentos, a alta do dólar é um alerta para quem ainda não investe no ativo – veja passo a passo em curso gratuito

Isabelle Santos

Por Isabelle Santos

19 abr 2024, 11:49 - atualizado em 19 abr 2024, 11:49

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Imagem: Freepik

Na última terça-feira (16), o dólar à vista disparou. A moeda norte-americana foi negociada aos R$ 5,29, maior patamar desde março de 2023. 

A alta de 1,89% foi motivada por uma série de fatores internos e externos. No cenário doméstico, o vazamento de parte do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) gerou uma reação negativa do mercado.

Segundo trecho do documento, posteriormente confirmado pelo ministro Haddad, a meta fiscal de 2025 será de um déficit primário zero. Contudo, há um ano atrás o governo havia estabelecido buscar um superávit de 0,5% do PIB no período. 

Entretanto, Enzo Pacheco, analista de ações internacionais da Empiricus Research, destaca que o que mais tem mexido com a cotação da moeda é o ambiente externo

Além da tensão crescente no Oriente Médio, há a alta na taxa de juros dos Treasuries, (com vencimento em 10 anos), próximo dos 4,70% ao ano.

Nesse cenário, a aversão ao risco tende a aumentar. Como consequência, os investidores passam a buscar por ativos considerados “porto seguro”, como é o caso do dólar. 

Assim, não só o real como também os ativos de risco tendem a ser prejudicados. Ao longo do dia, o Ibovespa caiu mais de 0,70%, diante da disparada do dólar. 

Agora, a pergunta de muitos investidores é:

Dólar vai continuar subindo? 

Em entrevista ao Giro do Mercado desta terça-feira (16), Enzo apontou que o real é uma “moeda exótica”

O termo é usado para caracterizar ativos de países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, e que geralmente são mais voláteis e carecem de liquidez

Em outras palavras, ter reais na carteira ou patrimônio na moeda brasileira é mais arriscado que em dólar. Especialmente neste momento em que o cenário econômico americano ainda é incerto

Acontece que, no início do ano, os mercados projetavam cerca de 6 cortes na taxa básica de juros dos EUA. 

Contudo, os últimos dados da economia americana estão sugerindo que o Fed (Banco Central americano) pode demorar mais que o esperado para dar início ao ciclo de afrouxamento monetário. 

Pacheco pontuou que, nesse contexto de juros altos nos Estados Unidos, não é vantajoso para investidor estrangeiro apostar em mercados emergentes como o Brasil. 

Afinal, se ele pode ter retornos de quase 5% ao ano, investindo na moeda mais segura do mundo, por que ele se arriscaria no Brasil? 

Nesse sentido, a próxima reunião do Fed será um indicador importante do comportamento do dólar frente ao real, destacou o analista. 

Acontece que, se a autoridade monetária americana decidir manter os juros altos por mais tempo, a moeda brasileira pode desvalorizar enquanto o dólar continua subindo. 

Mas este não é o único fator que pode fazer a cotação da moeda norte-americana oscilar. Segundo o analista, as decisões do Banco Central brasileiro, bem como as atitudes do governo, também têm impacto nessa dinâmica.

Por isso, a recomendação de Enzo Pacheco é que o investidor se proteja justamente investindo uma parcela dos patrimônio em moeda forte, isto é, em dólar. 

Ainda dá tempo de comprar dólar?

Diante da disparada do dólar na última terça-feira (16), talvez você esteja se perguntando se ainda dá tempo de comprar a moeda ou se é melhor esperar por um câmbio mais favorável. 

Para o investidor que pensa em usar o ativo para proteger o patrimônio, não há porque esperar. O analista da Empiricus avalia que, no longo prazo, a inflação no Brasil tende a ser maior que nos Estados Unidos. 

Como consequência, nossa moeda pode perder mais valor ao longo do tempo em comparação com o dólar. Por esse motivo, investir em dólar é uma forma de proteger o seu patrimônio da desvalorização causada pela inflação no longo prazo. 

Além disso, mesmo diante do atual cenário de juros altos nos Estados Unidos, a economia americana é uma das mais fortes e sólidas do mundo. Da mesma forma, a estabilidade política faz com que a moeda seja um “porto-seguro” não só para investidores pessoa física, como também para bancos globais

Mas o analista aponta que o investidor não precisa fazer um investimento único na moeda. 

Uma das estratégias recomendadas pelo analista, considerando a alta recente do dólar, é fazer compras “parceladas”. Ou seja, ir comprando aos poucos e aumentando gradativamente a sua exposição à moeda. 

Mas aqui vai uma dica: não é indo em casas de câmbio que você vai ter acesso às melhores oportunidades para proteger o seu patrimônio investindo em dólar. 

Hoje você já tem acesso a alternativas muito mais práticas e seguras de ter parte da sua carteira alocada em um dos ativos mais seguros do mundo. 

Curso gratuito: como começar a investir em dólar e em ouro

Como disse anteriormente, o dólar é considerado um “porto seguro” para os investidores , especialmente em momentos de alta volatilidade dos mercados. 

Contudo, a melhor maneira de investir neste ativo ainda é algo que gera muitas dúvidas. Pensando nisso, Enzo Pacheco preparou um material completo como passo a passo para investir em dólar. 

Trata-se de um curso 100% gratuito em que você vai aprender como usar o dólar e também o ouro como proteção para a sua carteira. 

Neste treinamento você vai entender: 

  • Quais são as melhores alternativas disponíveis no mercado para investir em dólar e em ouro;
  • Como avaliar qual o melhor ativo para proteção do seu patrimônio;
  • O que você deve evitar;
  • Como a economia global pode impactar no desempenho do ouro e dólar

Além disso, você vai ganhar o acesso gratuito à assinatura Empiricus In$ights. Trata-se da série custo zero da Empiricus Research com mais 100 relatórios cortesia.

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Isabelle Santos

Sobre o autor

Isabelle Santos

Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.

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