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Dólar subiu 6% em outubro: o que esperar da moeda americana em novembro?

Uma forte desvalorização do real e um cenário americano mais favorável levaram o dólar a beirar R$ 5,90 por real em outubro. Veja a opinião do analista Enzo Pacheco sobre o que esperar do câmbio.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Por Camila Paim

04 nov 2024, 14:10 - atualizado em 04 nov 2024, 14:13

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Imagem: iStock/ JayLazarin

A performance do dólar em outubro acumulou uma alta de cerca de 6,10%, a R$ 5,78. No panorama internacional, o principal fator que parece impulsionar a cotação da moeda é a eleição americana. 

Dólar encerra outubro batendo R$ 5,78

“[A alta do dólar] tem muito a ver com a possível vitória de Donald Trump”, afirma Enzo Pacheco, analista de ações internacionais da Empiricus Research. “Com a questão tarifária, aumento da inflação e dos juros americanos, tanto a ponta curta dos juros quanto a ponta longa estão subindo muito nos últimos dias”. 

As pesquisas, mais tendenciosas para a vitória de Trump nos últimos dias do mês, reforçaram ainda mais a alta no câmbio do dólar no final do mês. Segundo Pacheco, o mercado calcula que a volta do republicano tende a aliviar o corte de juros e, consequentemente, os recursos voltam para os EUA com interesse no retorno mais atrativo dos títulos do Tesouro (Treasuries). 

Quando o dólar vai parar de subir?

A cotação do dólar mantém um ritmo ascendente neste momento pelo impulso político e, em menor grau, pelo efeito das políticas monetárias. “Isso impactou diversas moedas, não só a brasileira”, afirma Pacheco.

Nos EUA, o Federal Reserve (Fed) optou pela redução da taxa de juros (Fed Funds) na sua última reunião, o que atraiu novos investidores brasileiros. Enquanto isso, a retomada de alta da taxa Selic no Brasil também ajudou com mais um “empurrãozinho” para a moeda estrangeira.  

“O que vemos é que o mercado ficou um pouco reticente e preocupado com a dificuldade do governo brasileiro de mostrar um compromisso com redução de gastos”, comenta.

Contudo, Pacheco ainda reforça que o principal impacto deriva desta previsão de que um novo governo Trump implicaria na elevação da inflação, juros e mais indicadores. 

Dessa forma, uma das maneiras de ver essa aceleração do dólar perdendo força, conforme explica o analista, seria com uma definição mais clara para a política monetária brasileira ou uma apresentação do governo de um plano para cortes de gastos. Já no cenário internacional, ainda não é possível afirmar que a vitória de Kamala Harris é garantia que o dólar iria tornar a cair. 

Enquanto as eleições americanas se desenrolam e o mercado acompanha o fluxo do dólar, os analistas da Empiricus Research separaram uma lista com 10 ações internacionais para comprar agora e tentar capturar lucros neste momento. Veja a lista completa e gratuita aqui.

Camila Paim Figueiredo Jornalista

Sobre o autor

Camila Paim

Jornalista formada na Universidade de São Paulo (USP), com mobilidade acadêmica na Université Lumière Lyon 2 (França). Trabalhou com redação de jornalismo econômico e mercado financeiro, webdesign e redes sociais, além de escrever sobre gastronomia e literatura.

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