O BTG Pactual Real Estate Hedge Fund (BTHF11), maior hedge fund da indústria, passou por um ano transformacional em 2024.
Após a fusão com o BTG Fundo de Fundos (BCFF11) e a listagem em bolsa em meados de dezembro, o preço das cotas sofreu uma correção de cerca de 20%.
“Conforme antecipado nas comunicações anteriores, essa performance já era esperada diante de um aumento do nível de estresse do mercado (lembrando que a negociação das cotas do BCFF11 foi suspensa nos meses anteriores) e alinhamento com os pares”, comenta Caio Araujo, analista de FIIs da Empiricus Research.
Diante da prateleira de investimentos que o FII agora acessa, o analista interpreta que há uma oportunidade pontual para montagem de posição no fundo BTHF11.
Unificação de fundos BCFF11 e BTHF11
Em julho de 2024, deu-se início à unificação dos fundos BTG Fundo de Fundos (BCFF11) e BTG Real Estate Hedge Fund (BTHF11). Entre as vantagens do movimento, observa-se uma projeção de aumento de rendimento recorrente entre 11% e 16%, menor taxa de administração de 1,25% ao ano para 1,1% ao ano aos cotistas do BCFF11 e maior liquidez para as cotas.
Desta fusão, o BTHF11 se consolidou como maior hedge fund imobiliário, com R$ 2,1 bilhões de patrimônio, aprovada em Assembleia Geral por 84% dos votantes. Agora, o último passo da fusão é o leilão das cotas fracionadas.
A gestão do hedge fund “é bastante flexível, permitindo que invista em vários ativos atrelados ao mercado imobiliário, como outros fundos imobiliários, ações, CRIs, debêntures, FIDCs, SPEs etc. Esses fundos nascem com a premissa de conseguir navegar em diferentes cenários”, comenta o analista da Empiricus Research.
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Informações relevantes sobre o BTG Real Estate Hedge Fund
O BTHF11 possui mais de 205 milhões de cotas distribuídas em uma base de 10,6 mil cotistas, totalizando um patrimônio líquido (PL) de pouco mais de R$ 2,1 bilhões (valor patrimonial de R$ 10,25 por cota), o que faz dele o maior hegde fund da bolsa brasileira.
Sua liquidez diária gira em torno de R$ 15,3 milhão, porém alguns números podem estar distorcidos pelo fato do BCFF11 ter ficado dois meses fora de negociação. O FII não integra o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix).
O fundo ainda cobra 1,15% ao ano sobre o valor de mercado do fundo, como taxa de administração e gestão e uma taxa de performance de 20% sobre o que ultrapassar o IPCA+6%, o que incentiva o giro eficiente do portfólio.
O portfólio do BTHF11 é distribuído entre FIIs de Papel (29%), FIIs de Tijolo (27,7%), CRIs (23%), Ativos Reais (17%), Caixa (3%) e Ações (0,3%).
Rendimentos do fundo BTHF11
Com relação aos dividendos, a última distribuição foi de R$ 0,097 por cota, o que gera um dividend yield anualizado de 14,6%.
“Para os próximos dois meses, a gestão já adiantou que este patamar deve continuar, com proventos esperados no antigo valor pago pelo BCFF11 (R$ 0,07/cota), com um incremento de 11% a 16%, que daria algo entre R$ 0,077 e R$ 0,081 por cota. Nos patamares de preço atuais, considerando a banda inferior dos dividendos, o DY anualizado do fundo seria de aproximadamente 11,6%”, calcula Araujo.
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