A Eletrobras (ELET3, ELET6) informou ao mercado na quinta-feira (2) que o seu primeiro Plano de Demissão Voluntária (PDV) pós-privatização foi muito bem-sucedido, com adesão de quase 2.500 empregados.
Apesar do custo estimado em R$ 1,2 bilhão, a economia anual nos próximos anos deve ser de R$ 1,1 bilhão, equivalente a 11% das despesas gerenciáveis em 2021.
Segundo o comunicado, essa primeira rodada teve como foco funcionários aposentados e aposentáveis. Uma segunda rodada deve acontecer ainda em 2023, com o objetivo de reduzir o quadro em até 20%.
Estrutura da Eletrobras tem muito espaço para melhorias
Como já dissemos várias vezes em nossas publicações e podcasts, a Eletrobras possui uma estrutura extremamente inchada, com muito espaço para melhorias.
Para se ter uma ideia, na época da privatização as subsidiárias da Eletrobras possuíam em torno de três vezes mais funcionários por GW de capacidade instalada, com salários médios pelo menos duas vezes maiores na comparação com os pares privados.
Mesmo em um momento de sobreoferta de energia, o espaço para redução de despesas é tão grande que mesmo com preços baixos de energia ainda enxergamos amplo espaço para aumento do Ebitda e geração de caixa nos próximos anos. Por isso, a Eletrobras (ELET6) segue na nossa carteira de dividendos.
Leia também:
- Santander no 4T22: caso Americanas contribui para resultados abaixo das – modestas – expectativas; análise
- Apple é mais uma Big Tech a apresentar queda nos números do 4T22; veja a recomendação da Empiricus Research
- Vale decepcionou? Prévia operacional do 4T22 ‘apresentou números fracos’, segundo analista