A Eletrobras (ELET3, ELET6) anunciou um programa de recompra de ações relevante na última terça-feira (3). A companhia poderá recomprar o limite máximo de 10% de suas ações até julho de 2024.
Como já sabemos bem, quanto menos ações circulando, maior é a remuneração recebida por cada acionista remanescente, o que significa que se o programa de recompra for levado adiante, os dividendos por ação também aumentarão.
Mas os sinais positivos vão além. Para começar, ele deixa indícios de que a gestão da Eletrobras começou a ver um desconto interessante nas ações neste momento, especialmente depois da queda de -20% desde o início de novembro.
Além disso, mostra que a gestão está atenta e disciplinada em termos de alocação de capital, e que deve evitar se aventurar em investimentos com retorno duvidoso se a compra de suas próprias ações apresentar uma taxa de retorno mais atrativa e com menos risco.
Eletrobras deve continuar com foco direcionado ao processo de turnaround pós-privatização
Apesar dos sinais positivos e do tamanho relevante, não esperamos recompras agressivas tão cedo. Isso porque além de o programa se encerrar apenas no meio do ano que vem, no curto prazo a Eletrobras deve continuar gastando mais energia e recursos em seu processo de turnaround pós-privatização.
De qualquer forma, depois de um programa de demissão relevante, e um swap de ativos com a Neoenergia que foi acretivo para as duas, esse é mais um sinal positivo para os acionistas pouco tempo após a privatização, com potencial de incrementar os dividendos futuros. A Eletrobras (ELET3, ELET6) segue no rebanho da série Vacas Leiteiras.