Nesta semana, a Eletrobras (ELET6) anunciou mais uma mudança em sua estrutura societária, desta vez no segmento de transmissão.
Ela adquiriu os 10% de participação detidos pela CelgPAR na VSB, por R$ 36 milhões, tornando-se a única acionista da transmissora.
Em contrapartida, vendeu toda a sua participação (49,9%) na transmissora Lago Azul para a CelgPar por R$ 7,4, que agora se torna a única acionista do ativo.
Se o processo acima pareceu confuso para você, não se preocupe, ele é confuso mesmo, e retrata muito bem como as coisas costumavam (não) funcionar na antiga Eletrobras.
A Lago Azul é uma transmissora com RAP anual de apenas R$ 5,5 milhões, sendo a receita referente à participação da Eletrobras de R$ 2,7 milhões, um montante ridículo para as proporções da companhia, mas que exigia uma estrutura administrativa extra (gerentes, advogados, contadores, etc).
Com o descruzamento, ela fica apenas com o maior ativo, e se livra da obrigação de precisar de duas estruturas – até o organograma fica muito mais simples.
O que achamos da operação para a Eletrobras (ELET6)?
Obviamente, a transação é minúscula para os padrões da Eletrobras e resulta em um valor presente líquido praticamente nulo. No entanto, a mensagem é importante e mostra que a companhia continua buscando e encontrando diversas ineficiências que resultarão em economias anuais bilionárias.