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Investimentos

Em qual fundo imobiliário de galpões logísticos investir agora?

Em momento desafiador para o mercado de capitais, analista indica um FII com alto potencial de valorização no médio e longo prazo

Por Mateus Cerqueira

10 mar 2022, 13:56 - atualizado em 19 fev 2024, 18:21

Em relatório recente, Caio Araujo, analista da Empiricus, recomenda um fundo imobiliário do segmento de galpões logísticos para investidores que querem diversificar a carteira de investimentos  e tem visão de longo prazo. 

É o SDI Rio Bravo Renda Logística (SDIL11), com  potencial de valorização das cotas de 16%. 

A seleção do analista, que lidera a série Renda Imobiliária da casa, parte da análise de que a operação deste fundo é eficiente e que, em seu portfólio, existem imóveis de alta qualidade.  

“Para essa análise, levamos em consideração, especialmente o valor por metro quadrado do portfólio e sua perspectiva de geração de renda”, diz.

Segundo o analista, esse fundo se tornou um dos maiores pagadores de proventos. Conforme dados da última distribuição, o yield (rentabilidade do provento) anualizado do FII é de 10,4% atualmente. 

Outra vantagem do SDIL11 é que os contratos de aluguéis estão indexados ao IPCA, índice oficial de inflação. 

“O contrato é indexado ao IPCA e sua atipicidade é interessante para o fundo já que traz certa previsibilidade de receita”, explica.

Fora isso, o SDIL11 demonstra consistência. Desde a sua criação em 2012, teve um retorno de 100,4%, contra 85,4% do IFIX (Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários), que é o benchmark de mercado.

Por dentro do SDI Rio bravo Renda Logística (SDIL11)

O SDI Rio Bravo Renda Logística é gerido pela Rio Bravo em parceria com a Tellus Investimentos, que investem em empreendimentos logísticos e industriais de longo prazo.

Geralmente, são estruturas físicas usadas para produção, recebimento, armazenamento, separação e distribuição de variados itens. 

Em relação ao portfólio, o fundo é composto por cinco imóveis, dois no estado de São Paulo, dois no estado do Rio de Janeiro e um em Minas Gerais, com uma Área Bruta Tributável (ABL) total de 319,4 mil metros quadrados.

“O fundo se destaca por ter 100% de participação nos imóveis que possui. Fator estratégico já que deixa a gestão livre para tomar qualquer medida quanto aos ativos, sem ter que consultar outros proprietários”, argumenta o analista.

Ademais, o SDIL11 possui como locatários grandes empresas como a BRF, Braskem, Sherwin-Williams, Futura Tintas, dentre outras empresas. São companhias que contam com um histórico consolidado em seus mercados, em termos de lucros e passagem por crises, o que, por sua vez, garante menos riscos em relação ao não pagamento do aluguel, avalia o analista.

Entre outras características elencadas no relatório sobre o SDIL11, destacam-se:

  • Patrimônio líquido (R$ milhões): R$ 623,50
  • Quantidade de cotas (milhares): 6.395,05
  • Preço de Tela (R$/por cota): R$ 88,00
  • Valor de mercado (R$ milhões):  R$ 562,76
  • Taxa de administração: 0,84% a.a. sobre o valor de mercado

Recomendação

De acordo com Araujo, a tese por trás do investimento neste fundo está centrada no atual contexto de distribuição e demanda por produtos, propiciados sobretudo pela internet. 

“O SDI Rio Bravo conta com galpões que oferecem maior competitividade, custos customizados e acesso às principais vias de circulação aos seus locatários. Por tudo isso, ele se torna atrativo e não à toa, conta com uma vacância pequena”, analisa. 

Portanto, o FII surge como uma alternativa de geração de renda e ganho de capital, diante do contexto de turbulência no mercado. “As cotas do SDIL11 permanecem em nossa carteira de renda com peso 4,8% do total”, conclui

Não deixe de conferir também as recomendações de  fundos imobiliários do Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus. É só clicar aqui.

 

Sobre o autor

Mateus Cerqueira

Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo. É integrante da equipe de conteúdo da Empiricus. Teve passagem pela Jornalismo Júnior (ECA-USP) e já atuou como assistente de comunicação na Força Área Brasileira.