Neste momento, líderes mundiais estão reunidos na COP28, em Dubai, para debates e negociações sobre mudanças climáticas e sustentabilidade. O evento começou em 30 de novembro e vai até 12 de dezembro.
Dentre os presentes está Felipe Monteiro, especialista em investimento em créditos de carbono da Empiricus Gestão e um dos envolvidos no lançamento do primeiro Fundo de Investimentos em Participações de Carbono da América Latina, estruturado pela gestora em 2021, e do Carbon Fund II, cuja estreia foi este ano.
Sobre o evento, Monteiro conta: “Estamos no meio da conferência e já houve um avanço importante no Fundo de Perdas e Danos, mas as resoluções ficam mais para o final. Esta é a maior COP da história, com 70 mil pessoas. E o mercado privado está presente em peso”.
A respeito do Fundo de Perdas e Danos, criado na COP27, em 2022, doações voluntárias de países como Japão, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido e Alemanha somam US$ 420 milhões. Além disso, a ideia é ficar hospedado no Banco Mundial e administrado por um conselho formado por 26 membros: 12 de países desenvolvidos e 14 de países pobres ou emergentes.
Segundo documento aprovado na COP28, o Fundo fornecerá financiamento para enfrentar uma série de desafios associados aos efeitos adversos das alterações climáticas, como emergências relacionadas com o clima, subida do nível do mar, deslocamento, relocação, migração, informações e dados climáticos insuficientes e a necessidade para a reconstrução e recuperação resilientes às mudanças climáticas.
No entanto, ainda não se sabe quem irá financiar o fundo e como será o acesso a esses cursos.
Principais temas discutidos na COP28 até agora
Embora a COP28 seja lembrada por falar de questões climáticas, a conferência explora também os outros pilares do ESG, como questões sociais e de governança. São discutidas, por exemplo, questões de gênero, como os caminhos possíveis para dar mais visibilidade às mulheres e buscar cada vez mais a igualdade de gênero.
Outro destaque é a importância do conhecimento dos povos indígenas na transição energética dos países.
Além disso, entram em pauta as melhores alternativas para financiar medidas para mitigar as mudanças climáticas e trocar combustíveis fósseis por energia limpa.
Sem contar a discussão de estratégias para ampliar o direito à moradia e à saúde para populações mais vulneráveis.
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