Não é difícil entender por que as empresas de tecnologia lucram tanto. Elas estão tão incorporadas ao nosso dia a dia que é até difícil lembrar como agíamos antes delas. Para você ter uma noção, os últimos 100 maiores lucros no mercado de ações americano foram com empresas de tecnologia.
Se Apple, Alphabet, Amazon, Facebook, Microsoft, Netflix, Spotify e Twitter, juntas, fossem um país, estariam entre as maiores economias globais. Pegando suas receitas apenas nos primeiros meses de 2021, elas teriam o 20º maior PIB do mundo. Por isso, não é nenhum exagero dizer que tech é o mercado com os maiores lucros do mundo.
Nenhuma das superpotências de tecnologia nasceu grande. Antes de serem big, elas eram apenas techs. Mas quem soube enxergar o potencial que elas possuíam, multiplicou seu patrimônio por múltiplos fenomenais. Quem investiu R$ 2.000 no começo de cada uma das empresas abaixo, teve os seguintes resultados, segundo dados da Economática até novembro do ano passado:
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Em Apple, R$ 2.000 viraram R$ 5.309.040;
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Em Microsoft, R$ 692.140;
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Em Amazon, R$ 16.088.440;
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Em Netflix, R$ 1.735.220;
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Em Facebook, R$ 39.220;
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Em Google/Alphabet, R$ 148.160.
Apesar de continuarem apresentando resultados expressivos, essas empresas já obtiveram suas multiplicações exponenciais. Agora elas são gigantes e dificilmente vão entregar um retorno dessa magnitude para os investidores novamente. Mas isso não significa que não existam novas chances de investir em uma possível futura big tech… te explico mais adiante.
Como fazer o valuation de empresas de tecnologia?
Depois de ver o potencial de multiplicação de algumas empresas de tecnologia, é preciso dar um passo para trás e ter em mente que a maioria das techs não dá certo. Para cada Apple transformando 2 mil em 5 milhões, existiram diversas outras empresas “inovadoras” que deram prejuízos para seus investidores.
É por isso que é preciso pensar bem na hora de investir em techs. Antes de qualquer coisa, é importante saber como elas são avaliadas.
Em empresas já maduras e estabelecidas, os analistas olham os demonstrativos financeiros para tentar estimar os fluxos de caixa no futuro. Eles fazem uma conta para trazer esse dinheiro que vai entrar nos seguintes a valor presente ‒ este é o processo chamado de valuation. Mas empresas de tecnologia são extremamente imprevisíveis, o que torna esse modelo de avaliação questionável.
O que alguns analistas fazem, portanto, é comparar a tech com ela mesma no futuro. É preciso olhar o problema de negócios que a empresa tenta resolver e o tamanho de mercado que a empresa está inserida – e se este mercado têm possibilidade de expansão ou contração.
Além disso, um dos fatores mais importantes é avaliar se o negócio é escalável, ou seja, a empresa é capaz de ampliar seu volume de clientes e receita rapidamente, sem aumentar demais o custo de produção?
Vejamos alguns exemplos práticos. Para uma empresa como a Netflix, disponibilizar um catálogo para 100 mil assinantes não requer um esforço muito maior do que disponibilizar para 10 mil. Assim como para o Slack, meio de comunicação corporativo, o crescimento do número de usuários não significa grandes custos a mais.
É diferente de empresas com bens físicos. Imagine que, de repente, houvesse uma busca gigante por roupas das Lojas Renner ou por bebidas da Ambev. Os custos de produção para atender a demanda extra aumentariam significativamente e ainda haveria riscos das empresas não conseguirem ampliar a produção o suficiente. Isso não significa que negócios deste tipo não podem dar lucros interessantes, mas é mais difícil ver multiplicações tão expressivas como no mercado tech.
Existem várias empresas tech apontadas como as próximas gigantes do mercado, mas antes de tudo, elas precisam provar que seu modelo de negócio é rentável e escalável.
DESCUBRA QUAL A PRÓXIMA EMPRESA DE TECNOLOGIA COM POTENCIAL DE SE TORNAR UMA BIG TECH E ENTREGAR LUCROS MILIONÁRIOS
Em tech, valorização não é sinônimo de negócio próspero
No ano de 2020, diversas empresas de tecnologia viram seus negócios prosperarem, já que tudo começou a ser feito exclusivamente pela internet: compras, aulas, reuniões, entretenimento… Não que essas atividades não acontecessem pelo meio online anteriormente, mas a pandemia acabou potencializando ainda mais essa tendência.
Uma das empresas foi a Bill.com, que está no ramo de pagamentos online. Ela entregou rendimentos de 296% no ano passado, mas esse número, apesar de bem expressivo, não pode ser visto como métrica de sucesso a longo prazo. Na visão do analista Richard Camargo, a companhia apresenta problemas estruturais que a impedem de se tornar a próxima big tech:
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A interface digital antiquada, bem no estilo de empresas incipientes dos anos 2000, atrapalham a experiência do cliente;
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Bill.com tem um produto local, específico para os Estados Unidos, o que impede ser um negócio altamente escalável (como as big techs)
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Dentro do BVP Nasdaq Emerging Cloud Index (índice de empresas emergentes que fornecem software em nuvem para seus clientes, que inclui nomes Zoom, Paypal e Square), a eficiência de Bill.com é a 18ª pior.
Como resume Richard: “é um caso frágil, uma empresa que se encontra na posição de ser disruptada, e não de disruptar ninguém. Existem várias ferramentas melhores surgindo, atacando o mesmo cliente, simplesmente um UX melhor, a um pricing mais agressivo.”
Bill.com é apenas um dos casos de techs “furadas”, que se propõem como negócios inovadores mas que nem sempre têm potencial a longo prazo. Por isso, é importante saber quais são as ações de tecnologia que valem a pena (veja aqui uma opção).
Descubra a empresa que tem potencial para se tornar a próxima big tech
Agora que você já viu o potencial do mercado de tecnologia (e suas possíveis “pegadinhas”), pode estar se perguntando como ingressar de forma mais segura dentro do ramo. Afinal, ficar de fora dele é perder chances de multiplicação de patrimônio.
Quando falamos de investimentos, não podemos assegurar nada: tudo, até mesmo a querida caderneta de poupança, envolve risco. Mas, com a expertise de profissionais qualificados no mercado financeiro, é possível apostar de forma mais certeira.
Sendo assim, a Vitreo, plataforma de investimentos com mais de R$ 12 bilhões sob gestão, resolveu fazer uma série especial de vídeos falando mais sobre a área de tecnologia. O seu CEO, Jojo Wachsmann, vai revelar o nome de uma empresa que tem o potencial de se transformar na próxima big tech.
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