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O dólar chegou ao seu maior valor frente ao real brasileiro na história (R$ 6) na última quinta-feira (28).
Muitos fatores influenciam na flutuação do câmbio, mas essa alta traz um “recado” bastante específico: a postura atual do governo está afugentando o capital estrangeiro do país. O que reflete não somente na paridade das divisas, mas também no mundo dos investimentos.
Por meio do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o governo anunciou seu tão esperado pacote de corte de gastos, que deveria acalmar os ânimos do mercado.
Mas os investidores se assustaram com o anúncio quase simultâneo da futura isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas que recebem até R$ 5 mil por mês. Medida que não combina com o tema do momento, que é o aumento da receita dos cofres do governo.
Após a alta do dólar, o reflexo chegou no Ibovespa, cujas empresas sentem o golpe do risco fiscal de todos os lados. O índice entrou em queda livre e encerrou o pregão da sexta-feira (29) nos arredores dos 125 mil pontos – queda de 2% em relação à quarta-feira (27).
A curva de juros futuros também abriu consideravelmente, precificando as consequências das decisões do governo a serem sentidas nos próximos anos.
“Não tem muito para onde correr. […]. O governo agora precisará se empenhar para recuperar a credibilidade perdida”, afirma Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, casa de análise do grupo BTG Pactual. E completou:
“O problema não foi o pacote em si ou a falta de interesse do mercado pela isenção, mas sim a forma como ele foi apresentado, que destruiu a grande oportunidade que o governo tinha de encerrar o ano de maneira positiva.”
Com dólar nas alturas e Ibovespa despencando, o que sobra no senso comum dos investidores menos otimistas é o “rentismo” dos ativos de renda fixa. Ou, para os mais espertos, investir em papéis de qualidade atrelados ao dólar.
Apesar disso, a dolarização de carteira agora pode ser custosa para alguns, dado o alto valor do câmbio.
Mas e se dissermos que, apesar do banho de sangue no Ibovespa, ainda é possível buscar bons retornos com ações listadas na bolsa brasileira?
É no que acredita Felipe Miranda, CEO e estrategista-chefe da Empiricus. Para ele, a bolsa está barata, negociando a patamares bastante inferiores ao da média histórica, e isso abre uma oportunidade para comprar ações de qualidade a “preço de banana”.
Grupo de ações de qualidade selecionadas por estrategista rendeu 200% do Ibovespa nos últimos 9 anos
Existe um grupo de ações brasileiras selecionadas por Felipe Miranda que superou o Ibovespa em mais de 200% nos últimos 9 anos.
Os últimos 9 anos da história brasileira viram episódios muito mais críticos que o atual para a nossa economia. Como, por exemplo, a reta final do mandato da presidente Dilma Rousseff, considerada por Felipe Miranda como “O Fim do Brasil” (nome dado, inclusive, ao best-seller de sua autoria sobre o assunto).
E, mesmo passando por esta fase difícil, a carteira teórica capturou lucros interessantes, e carrega, até aqui, retorno acumulado de 350% – o equivalente tanto a 203% do Ibovespa quanto a 295% do CDI.
Apesar de retornos passados não serem garantia de retornos futuros, este é um ótimo retrospecto. Afinal de contas, se foi possível buscar bons resultados naquele período, quando vivemos uma verdadeira recessão, as chances de buscá-los agora, em um período “não tão ruim quanto”, podem ser maiores.
São ações de empresas de altíssima qualidade e consideradas por Felipe Miranda como “Oportunidades de Uma Vida”. Ou seja: em sua visão, o investidor não deve deixá-las de fora da construção de seu patrimônio.
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