Investimentos

Estrategista que acertou 7/10 em 2020 revela suas previsões para 2021

Após prever a alta do dólar, a decadência dos bancões e mais 5 prognósticos em 2020, Felipe Miranda abre ao público quais são as 10 previsões que ele acredita que vão se concretizar ao longo de 2021

Por Equipe Empiricus

08 jan 2021, 04:51

Ibovespa sobe ou desce? Bitcoin é uma bolha? Já entregou tudo o que tinha para entregar… ou ainda vai mais? E os “bancões”, serão realmente extintos do mercado?

Se você investe ou pretende investir em 2021, é provável que essas e algumas outras dúvidas estejam rodeando os seus pensamentos neste exato momento.

Afinal, depois de um ano cheio de surpresas, é normal que busquemos nos precaver ao máximo para não cometer erros desnecessários ao investir o nosso tão suado dinheiro. 

Para solucionar essas indagações, Felipe Miranda decidiu revelar em seu primeiro Day One do ano, as 10 previsões que, para ele, vão se concretizar ao longo de 2021.

Miranda fez isso pela primeira vez no ano passado e, mesmo com toda a aleatoriedade jogando contra, foi capaz de acertar 70% dos prognósticos feitos

É importante que você entenda que o intuito de Felipe não é, necessariamente, acertar TODAS as previsões, já que elas dizem respeito a eventos que o mercado considera de baixa probabilidade.

Em outras palavras, como são eventos de baixa probabilidade, pagam muito bem. 

Então, mesmo se Felipe não acertar tudo, bons lucros podem ser colhidos. Como foi o caso de uma previsão feita em 2020, que sozinha, foi capaz de colocar muito dinheiro no bolso de quem a seguiu. 

“Por mais de uma vez no ano, o dólar subirá além da marca de R$ 4,30, sob redução estrutural do diferencial de juros entre Brasil e exterior e diante dos aumentos súbitos do grau de aversão ao risco.”

Hoje, olhando pelo retrovisor, parece algo extremamente óbvio, mas na época não era, já que o dólar iniciou 2020 cotado a R$ 4,01 e terminou o ano valendo R$ 5,19.

Espero que o exemplo acima tenha te ajudado a enxergar que não é necessário acertar todas para embolsar boas quantias…

Entendido isso, vamos às previsões:

1. O Ibovespa fechará o ano acima dos 150 mil pontos

Felipe começa 2021 exatamente da mesma forma que começou 2020, acreditando que o Ibovespa fechará o ano acima de 150 mil pontos. 

“A verdade é que os nomes de commodities do índice, em especial Petro e Vale, continuam bastante baratos, sobretudo nesse preço das matérias-primas. Utilities também estão muito atraentes. Os nomes ligados à reabertura da economia podem, no geral, ir bem com a vacina, como educacionais (exceto Cogna, de que eu não gosto), shoppings, aéreas (de preferência Azul).”

Na parte de consumo, Felipe tem especial apreço por aqueles que entenderam o real valor do omnichannel — Magazine continua indo bem, LAME pode ser porrada (mais sobre isso à frente).

2. O S&P 500 vai superar a marca de 4 mil pontos

A verdade é que a Bolsa americana é a grande ganhadora de longo prazo (junto com os REITs). Historicamente (não é uma opinião, é uma observação estatística), isso costuma andar bem pós-períodos de recessão econômica. 

Os juros devem continuar muito baixos, ainda que as taxas de mercado possam subir um pouco. 

O prêmio de risco da Bolsa sobre a renda fixa continua em patamares razoáveis e existe uma quantidade brutal de dinheiro na economia. 

Os lucros crescem bem, até pela base de comparação fraca. Segue a migração para as ações em âmbito global — até porque não tem muita coisa para se fazer com o dinheiro.

3. Juro real longo no Brasil virá abaixo de 3% 

Com recuo do dólar (aqui e lá fora) e alguns avanços fiscais. 

Parte do ajuste fiscal será feito pela recuperação do PIB, outra parte pela inflação e uma terceira por reformas aprovadas aos trancos e barrancos, sem ingenuidade, mas pragmáticas. 

Se “o Brasil está quebrado e eu não posso fazer nada”, só há um caminho: tirar o País da bancarrota. Não é por convicção ou conversão liberal. 

É pelo medo do precipício, por perceber o risco de se perder uma eleição caso sejamos jogados numa recessão brutal às vésperas do pleito presidencial. 

Sem reforma, o dólar sobe forte, os juros precisam subir, aborta-se a recuperação cíclica. 

Com inflação (dado o repasse cambial) e o desemprego explodindo (dada a subida de juro), Bolsonaro perderia a eleição. 

Nada como o medo da derrota nas urnas para forçar um batismo na religião liberal.

4. Bancos tradicionais voltarão a ter uma performance relativa ruim porque é um trend de longo prazo

Já não estão mais tão baratos, não se beneficiam tão diretamente dos maiores gastos fiscais de Biden como as commodities e vão ter seu profit pool cada vez mais atacados. 

Regulação, fintech, maquininhas, plataformas de investimentos, pressão por menores tarifas e taxas de administração de seus fundos, bancos digitais se multiplicando como Gremlins na água…

5. A performance dos mercados emergentes vai ser, na média, o dobro daquela do S&P, com liderança do “Emerging Asia”

Dado rápido crescimento e polo de tecnologia, com situação fiscal mais controlada.

6. BTG Pactual vai valer mais do que XP

Pode até ter um múltiplo menor, porque a parte mais tradicional do banco cresce menos e consome muito capital, mas terá um market cap maior.Pela simples razão de que assim deve ser. BTG Digital pegue tração e inicia-se um processo vigoroso de cross sell e upsell no varejo a partir dele e do Banco Pan. 

Mercado começa a fazer conta e considerar spin off da operação lá na frente, com listagem em Bolsa, mas preservação do controle. 

Banco segue dividindo com Itaú BBA processos de IPOs, follow ons, privatizações, emissão de dívida. 

XP, por sua vez, começa a sofrer pressão de margem, tendo primeiras dificuldades em sair de um ambiente de monopólio em termos práticos para outro de real concorrência. 

Modelo de agente autônomo começa a ser questionado de maneira mais veemente, pelo mercado e pelos clientes, por conta do conflito e também porque implica mais custos à operação (a plataforma tem que dividir o bolo com o AAI e, portanto, vai ter menos margem ou vai cobrar mais caro do cliente; fica difícil concorrer com plataformas 100% digitais, que pagam cashback, não têm conflito e podem oferecer produtos mais baratos e alinhados com o cliente). 

Além disso, começa sua penetração em nicho de mercado de maior consumo de capital e taxas menores de crescimento, o que vai implicar de-rating (múltiplos menores).

7. A prata vai subir mais de 25% no ano

Primeiramente pela continuidade da impressão cavalar de dinheiro, que deprime o valor da moeda fiduciária e valoriza ativos físicos. 

E depois por conta de seu uso industrial, num ambiente em que ainda predominam grandes dificuldades de produção e logística nas cadeias de suprimento.

8. Direcional Engenharia (DIRR3) será a grande surpresa de dividendos em 2021

Na conta de, a companhia vai fazer R$ 210 milhões de lucro neste ano (e algo absurdo entre R$ 320 M e R$ 350 M em 2022). 

Somando recompra e divi, remuneração ao acionista vai passar de 10%, para uma companhia que é P/E 5x lá na frente. 

Pode dobrar, pagando 10% de yield.

9. Vamos acabar com essa história de LAME4, LAME3, BTOW3… 

Com o desenvolvimento do ecommerce e do omnichannel, com uma possibilidade quase única de transitar entre os mundos físicos, digital, de crédito e, se quiser, até de investimentos (tem cultura, cliente e disponibilidade de capital pra isso), não faz muito sentido manter todas essas coisas listadas em separado. 

No contexto atual, não surpreenderia se controlador estivesse incomodado e resolvesse implementar uma reestruturação societária que implicasse listagem num único veículo, migração para Novo Mercado e simplificação da estrutura. 

Resultado seria melhora de governança, mais liquidez, ganho de participação nos índices e, claro, boa valorização na Bolsa. 

10. O bitcoin vai subir mais 50% neste ano, mesmo depois da explosão em 2020

Não há aumento de oferta, por definição. 

Demanda vem aumentando, seja por uso como meio de troca (ainda que fora do mainstream mais clássico), seja por objetivo especulativo. 

Segue o tema “cash is trash”, o famoso “bear market do dinheiro”, valorizando tudo que é alternativa. Vai se tornando mais institucionalizado e vira uma espécie de bola de neve, numa profecia autorrealizável.

Fique por dentro das indicações de Felipe Miranda

Melhor do que saber quais são as 10 previsões é ter em mãos as ações que o CIO da Empiricus e a sua equipe, após meses e mais meses de pesquisa, acreditam ser as melhores oportunidades para ter na carteira em 2021.

Felipe Miranda é responsável pelo portfólio Oportunidades de Uma Vida, na série Palavra do Estrategista, que já entregou mais de +400% de lucro desde que a carteira foi recomendada. 

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