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Felipe Miranda no Morning Call do BTG: “A visão pró-cripto está se consolidando, e isso pode permear até as carteiras mais conservadoras”

Conversa com Jerson Zanlorenzi, do BTG Pactual, abordou também análises sobre mercado americano e expectativas para decisões do Copom na próxima semana

Por Bruna Vogel

06 dez 2024, 12:14 - atualizado em 06 dez 2024, 12:14

mercado nacional e global

Felipe Miranda, CIO da Empiricus, e Jerson Zanlonrenzi, do BTG Pactual

No Morning Call do BTG Pactual desta sexta-feira (6), Jerson Zanlorenzi, head da mesa de ações e derivativos do banco, e Felipe Miranda, CIO e co-fundador da Empiricus, destacaram os principais eventos dos cenários global e nacional nesta manhã, em especial o mercado de criptomoedas.

Felipe e Jerson começaram analisando o mercado de trabalho nos EUA, com a divulgação do relatório Payroll. Eles enfatizaram o impacto dos dados sobre geração de empregos nas expectativas de um corte de 25 pontos base na taxa de juros pelo Fed na próxima reunião de dezembro. Miranda destacou a relevância da desaceleração econômica americana em níveis ainda saudáveis: “Isso confirma a saída do fantasma do hard landing, pelo menos por enquanto”.

O mercado de criptomoedas foi o grande destaque, com o Bitcoin apresentando uma performance notável. Segundo Miranda, o cenário regulatório nos EUA está mais favorável, o que amplia o apelo do ativo, inclusive para investidores conservadores. “A visão pró-cripto está se consolidando, e isso pode permear até as carteiras mais conservadoras, desde que haja uma alocação responsável”, destacou.

Na Europa, os dados do PIB confirmaram um crescimento de 0,4% no terceiro trimestre, indicando sinais de estabilização econômica e sustentando expectativas de um afrouxamento monetário. Já na China, o cenário permanece desafiador, com reuniões do Partido Comunista apontando para continuidade das políticas atuais.

Mercado Nacional: Copom e fiscal em foco para a próxima semana

No Brasil, Jerson e Felipe enfatizaram que o mercado opera em compasso de espera para as importantes decisões da próxima semana. Entre os destaques, estão o IPCA-15 e a reunião do Copom, que deve decidir entre uma alta de 75 ou 100 pontos base na Selic, taxa básica de juros. 

No campo fiscal, o governo busca apoio para cortes de gastos e mudanças tributárias. Apesar das incertezas, Felipe enxerga movimentos positivos. “Quando o pacote fiscal começa a avançar, os prêmios de risco brasileiro recuam, indicando que ele talvez não fosse tão ruim assim”, resume.

Além desses temas, a conversa abordou a performance de commodities, como petróleo e minério de ferro, a trajetória do dólar e os impactos das políticas fiscais e monetárias globais no Brasil. 

Confira no link abaixo a íntegra das análises de Jerson e Felipe nesta manhã e se mantenha bem-informado nas suas decisões de investimento.

Sobre o autor

Bruna Vogel

Bacharel em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo/USP e mestre em Estudos Latino Americanos e Caribenhos pela New York University/NYU, é redatora do site da Empiricus.