Passamos por momentos difíceis no mercado cripto. Se, em maio, com o colapso de Terra e seus tokens LUNA e UST, aquela semana terrível para o mercado parecia ser o pior momento do ano, estamos novamente diante da situação mais delicada e complexa de 2022.
E potencialmente da história do mercado de cripto.
Não digo isso por acreditar que os eventos passados tenham sido menos impactantes, mas sim porque, dado o tamanho atual do mercado de criptoativos e o alto grau de conexões entre empresas e players importantes do ecossistema, a situação ganha uma dimensão maior. Por isso a necessidade de atenção e orientação sobre próximos passos.
Quando olhamos para trás, uma série de eventos negativos já impactaram o mercado cripto. Não é de hoje que acontecimentos de grandes proporções ameaçam a saúde financeira de todo o ecossistema.
Entretanto, a mesma natureza descentralizada que, por vezes, dificulta o controle de situações adversas, é a responsável pelo mercado se reconstruir. Com isso em mente, antes de mais nada, quero compartilhar minha visão, e do restante do time, de que este não é um evento que decreta o fim do mercado.
Pelo contrário, ele será mais um dos catalisadores para o mercado se ajustar e se transformar, tornando-se um ambiente progressivamente mais seguro, sem perder seu caráter inovador em termos de tecnologia.
Os piores eventos da história do mercado cripto
Olhando para o passado, há dois eventos que mexeram profundamente com o mercado de cripto.
O primeiro, em 2014, foi o caso Mt. Gox, exchange japonesa que, na época, era a maior do mundo e, repentinamente, parou suas operações devido à perda dos fundos de seus usuários. O caso nunca foi completamente esclarecido e os fundos foram parcialmente recuperados. Além do mais, até hoje, não foi encerrado.
Esse evento mudou por completo como as exchanges lidariam com fundos dos clientes e como estruturariam suas operações. Também trouxe um olhar mais próximo do regulador.
O segundo caso ocorreu em 2016, com o hack da The DAO. À época, a organização autônoma descentralizada havia levantado cerca de US$ 150 milhões em ETH. Posteriormente, foi hackeada, com os fundos tendo sido roubados devido a vulnerabilidades em seu código.
O evento foi mais um divisor de águas na história, pois causou o hard fork da rede do Ethereum, como forma de restaurar os fundos roubados, criando o Ethereum Classic como rede legada.
O hack da The DAO foi responsável por mudar a forma como novos projetos seriam construídos, além de levantar uma discussão importante sobre segurança, que se reflete até hoje em práticas melhores na gestão de novos projetos.
Neste ano, até o momento, eu diria que passamos por três eventos de proporção similar aos dois citados anteriormente. São eles: o colapso de Terra, em maio, o fracasso da 3AC e, agora, a derrocada da FTX.
Os três guardam algo em comum: foram fruto da má gestão de capital em meio a um bear market. Além disso, foram e serão responsáveis por mudanças importantes para o mercado de cripto, principalmente em termos regulatórios.
Eu diria, ainda, que Terra, 3AC e FTX guardam entre si outra similaridade: seus problemas de gestão foram amplificados pelo ecossistema de DeFi.
Explicando melhor: os fundadores de cada um desses projetos se alavancaram de formas diferentes em ideias, protocolos e produtos de finanças descentralizadas, eventualmente perdendo o controle sobre o que estavam fazendo.
Isso traz uma lição importante sobre cripto, no geral. Dado seu ambiente altamente experimental, por vezes uma linha tênue entre a inovação responsável e uma situação irreversível é cruzada.
Veja, DeFi não é o problema. Pelo contrário, o ambiente de finanças descentralizadas é uma das principais inovações dos anos recentes no mundo cripto e seus principais protocolos têm se mantido incólumes em meio a todo esses eventos.
O problema (quase) nunca é a ferramenta. É quem a opera.
Pode parecer que não, mas os três eventos deste ano – além dos outros menores, como os casos de Celsius, Voyager e afins – estão intimamente relacionados, como um efeito em cascata.
Ou seja, em alguma medida, cada novo evento foi sendo um reflexo do anterior. Logo, podemos esperar que novos fatos ainda venham à tona daqui para frente.
Por isso, a mensagem mais importante de hoje é: ainda não se tem total clareza sobre os efeitos secundários do caso FTX. Isso está se esclarecendo aos poucos. Assim, por ora, o mais prudente a se fazer é evitar movimentações grandes em sua carteira de cripto.
Assim como é muito arriscado se desfazer de grandes posições de criptoativos neste momento, não se pode também apelar para o outro lado e deixar se levar pela ganância do “buy the dip“.
No vídeo desta semana, trago um pouco mais de luz para o tema, mostro algumas métricas on-chain que ajudam a entender o momento e também algumas orientações.
Clique aqui para assistir ao vídeo
Principais tópicos do vídeo:
- O colapso da FTX começou com a derrocada se seu token nativo, o FTT, após uma matéria da Coindesk revelar que a Alameda, empresa intimamente ligada à FTX, tinha uma grande quantidade do token em seu balanço, de forma ilíquida. Isso levantou questionamentos sobre a solvência, ou não, da Alameda e da FTX. Os detalhes serão explicados ao longo deste relatório;
- Com o aumento das movimentações on-chain, aumentou também o uso do Ethereum e, consequentemente, o ETH passou a assumir o caráter deflacionário que era esperado após o Merge;
- Métricas on-chain mostram que o grau de desconto do BTC segue bastante elevado, indicando um preço atrativo para compras pensadas a longo prazo. Por outro lado, também revelam que existe espaço no cenário atual para mais quedas;
- Traçamos patamares importantes de preço para ficar atento. Entre eles, o chamado Balanced Price, uma espécie de preço justo do BTC, em torno de US$ 16 mil, e zonas técnicas importantes.
Antes de passar ao aprofundamento do caso FTX, gostaria de trazer uma visão sobre nossa estratégia e nossa carteira.
Como o cenário mudou repentinamente
Como mencionamos ao longo dos relatórios e demais conteúdos recentes, passamos por um período de cerca de 5 meses com o BTC negociando em uma faixa restrita de US$ 19 mil a US$ 25 mil.
Durante outubro, vimos uma melhora significativa do cenário geral de cripto, amparado pelas métricas on-chain e, em algum grau, também uma melhora no cenário macro global.
Até então, os problemas de liquidez pelos quais players importantes do ecossistema cripto, como a 3AC, pareciam ter sido controlados. Portanto, uma consolidação do fundo do bear market era provável.
Nos últimos três dias, o cenário mudou muito. Claramente, a crise de liquidez não foi superada e acabou de entrar em um novo capítulo. Assim, voltamos a assumir uma postura mais conservadora, pois precisamos avaliar com mais clareza como será o desenrolar dessa história.
Do ponto de vista de alocação da carteira, fizemos nas últimas duas semanas alguns ajustes pontuais. À parte de pequenas movimentações com três altcoins que gostamos muito (MATIC, ATOM e AAVE), trocamos uma pequena parcela do caixa por BTC e ETH, por entendermos que vale a pena termos uma presença mais significativa desses dois ativos na carteira.
Seguimos confiantes de que o caso FTX não impacta as teses de BTC e ETH. Pelo contrário, as fortalecem muito para os próximos anos. Mas, em uma situação crítica como esta, é de se esperar que ninguém, nem nenhum ativo, saia ileso.
Nosso plano inicial era seguirmos com um DCA (aportes pequenos e regulares ao longo do tempo) até janeiro, diminuindo progressivamente o caixa e alocando nos dois maiores ativos do mercado. Assim, iniciaríamos 2023 com uma carteira mais alocada em risco.
Essa visão permanece, por enquanto, para o ano que vem, pois enxergamos uma possível melhora do cenário macro no segundo semestre. Contudo, é provável que os horizontes agora se estendam em alguns meses, ao menos enquanto não houver um desfecho (ou indicação de um) para FTX.
Sendo assim, precisamos avaliar diariamente o mercado. Boas oportunidades de compra surgirão e é importante estarmos também preparados para isso. Afinal, é em momentos assim, também, que conseguimos extrair retornos elevados.
Enquanto isso, nossa carteira segue com uma porção grande de caixa, mais de 30%, que será administrada com diligência para nos colocar em posição vantajosa nos próximos meses.
Entre as recomendações práticas que podemos oferecer neste momento, a principal é: além de manter sua posição em caixa, evite deixar grandes valores em cripto dentro das exchanges. A princípio, a Binance está muito mais segura que a FTX. Porém, a FTX até a semana passada ainda parecia uma corretora com uma boa operação. As coisas mudam muito rápido em cripto e você pode ser pego de surpresa.
Logo, não é demais lembrar da máxima de cripto: not your keys, not your coins. Se você não tem controle sobre a custódia de suas moedas, você não as detém. Ou seja, a forma mais segura de manter seus ativos líquidos e seguros é os armazenando em uma wallet que você controle.
Dito tudo isso, vamos nos aprofundar no caso FTX e em o que esperar daqui para frente.
Da ascensão à queda da FTX e Alameda Research
Durante toda a existência da sociedade moderna, a História insiste em ser a figura materna que adverte o filho sair de casa com um guarda-chuva, em uma manhã ensolarada.
O filho, desprovido de sabedoria, ignora o pedido materno ao acreditar no seu próprio julgamento, crente de que as coisas serão diferentes em sua linha do tempo.
Sabemos muito bem como essa história termina.
A FTX.com, uma das cinco maiores exchanges de criptomoedas do mundo em volume de negociação.
A Alameda Research, um dos fundos mais respeitados de todo o ecossistema, atua de maneira ativa como venture capital nos principais projetos do mercado.
Ambas as empresas com a figura central do bem sucedido jovem empresário Sam Bankman-Fried, grande defensor do movimento de altruísmo eficaz, formado no Massachusetts Institute of Technology (MIT) e uma das mentes mais brilhantes de sua geração.
SBF, como é conhecido pelo mercado, construiu as duas empresas de maneira bastante perspicaz e sempre foi grande defensor da regulação de criptoativos e interessado em política, sendo um dos principais doadores para campanhas políticas nos EUA.
Suas empresas também foram figuras importantes durante o bear market recente de criptoativos, tendo comprado empresas em processo de falência e muitas outras.
Mesmo durante um ano de grande retração econômica em todos os mercados – e de maneira mais agressiva no mercado de criptoativos –, em Setembro a FTX buscava levantar capital no valuation de 32 bilhões de dólares, mesmo valuation de janeiro deste ano, em sua rodada de captação mais recente.
De lá para cá, alguns fatos marcaram os últimos dias.
02 de Novembro, 11h44:
Os rumores de que as coisas não estariam tão bem assim para ambas as empresas começaram, com a publicação de uma matéria na Coindesk, com o vazamento do balanço das finanças da Alameda, mostrando uma grande exposição ao próprio token da FTX, o FTT.
Dos US$ 14,6 bilhões reportados, o equivalente a US$ 3,6 bilhões estariam no próprio token, travados, e mais US$ 2,16 bilhões em FTT como colateral.
04 de Novembro:
Um artigo no Medium do Dirty Bubble Media, questiona a solvência da Alameda comparando os dados do balanço com a situação da Celsius e grandes rumores se espalham durante o fim de semana.
06 de Novembro, 12h47:
Dada a situação preocupante do balanço da Alameda, o CEO da Binance, Changpeng Zhao (CZ), anuncia os planos da companhia em vender toda a sua posição multimilionária de FTT.
Alguns minutos depois, a CEO da Alameda, Caroline Ellison oferece comprar toda a posição da Binance por US$ 22 por token FTT, preço abaixo do mercado no momento da oferta.
06 de Novembro, 20h28:
SBF diz que a FTX mantém auditorias financeiras, são altamente regulados e que estão e irão continuar honrando todos os saques dos clientes, que já chega na ordem dos bilhões de dólares.
07 de Novembro, 10h38:
Mais uma vez o SBF afirma que a exchange é solvente e que não investe os fundos dos clientes em tweet que posteriormente foi apagado.
08 de Novembro, 09h00:
Começam a aparecer usuários reclamando da lentidão nos saques da FTX, com uma notícia sendo publicada no portal Techcrunch.
08 de Novembro, 13h05:
De maneira surpreendente para o mercado, o SBF anuncia a assinatura de uma carta de desejo (letter of interest) em vender a FTX.com para a Binance.
Poucos minutos depois, o CZ confirma a informação em tweet próprio. Com o intuito de ajudar a empresa com o aperto de liquidez e honrar os saques dos clientes da corretora.
Também se torna público que a FTX teria procurado outras partes antes de entrar em contato com a Binance com o interesse de levantar 1 bilhão de dólares.
09 de Novembro, 11h30:
CZ compartilha e-mail enviado para todos os funcionários da Binance algumas horas atrás dizendo para não comprar ou vender os tokens FTT enquanto o processo de diligência do acordo é analisado, diz também que a companhia parou com os planos de venda do token e que a queda da FTX é ruim para toda a indústria.
09 de Novembro, 12h32:
Rumores de que o acordo provavelmente não irá se consolidar após a análise preliminar das contas da FTX são tornados públicos em matéria da Coindesk.
09 de Novembro, 13h11:
A Bloomberg noticia que a SEC abre investigação contra FTX em como os fundos dos clientes e empréstimos eram geridos.
09 de Novembro, 14h22:
Notícia divulgada no portal Semafor revela que grande parte do time legal e de compliance pediu demissão na tarde do dia 08, demonstrando preocupações mais profundas do que preconizadas.
09 de Novembro, 18h00:
Binance desiste do acordo de aquisição da FTX.com após processo de diligência e as notícias de gestão indevida de fundos de clientes e investigações dos órgãos reguladores, citando que os problemas estariam fora do controle ou habilidade da companhia ajudá-los.
Após essa linha do tempo conturbada, estima-se que o rombo nas contas da FTX seja na ordem de US$ 8 bilhões, e que se não houver injeção de capital externa, o único caminho para a empresa será o processo de falência.
A visão on-chain da fuga de capital (bank run)
O grande movimento de saques dos últimos dois dias fica explícito quando olhamos as reservas conhecidas da FTX.
As reservas de ethereum (ETH) caíram de 611 mil ETH para menos de 80 mil ETH em apenas dois dias. Longe de seu auge histórico de 1,33 milhões de ETH.
O estoque de stablecoins também caiu de maneira bastante contundente da sua faixa habitual de US$ 700 mil a US$ 800 mil para próximos de zero.
As reservas de bitcoin (BTC) vinham em um declínio desde o colapso de Terra (LUNA), tendo chegado ao seu topo no fim de março em 108 mil BTC.
Com a onda de saques o estoque de bitcoins foi para efetivamente zero.
O caminhar daqui pra frente
A FTX e a Alameda parecem estar com os dias contados se não receberem um grande aporte de capital de uma terceira parte. A questão é que, com a Binance fora da jogada e o regulador apertando o cinto das investigações, quem poderia ser o benfeitor para resgatar a exchange?
A injeção de capital e a possibilidade de honrar os fundos dos clientes da exchange seriam de grande ajuda para mitigar danos maiores para a reputação do mercado aos olhos dos reguladores e institucionais. Contudo, acreditamos que as opções não são muito animadoras e a chance de resgate da exchange é pequena.
Caso haja consolidação do cenário negativo, é difícil estimar a abrangência dos efeitos de segunda e terceira ordem da falência da FTX e Alameda Research, principalmente em agentes centralizados, para os quais não temos a transparência da blockchain.
Com isso, levantamos algumas questões. Além dos investidores de varejo que saíram extremamente prejudicados com seus fundos presos na exchange e pelos movimentos de preço, quais outras entidades seriam prejudicadas de maneira irreversível?
Existem outras exchanges menores insolventes que sofreram com o efeito de êxodo de fundos?
Que outras organizações ainda estariam expostas à FTX?
No caso da Alameda, que projetos de cripto sofrerão com a possível liquidação do fundo?
Que implicações regulatórias esse evento pode desencadear?
Como mencionamos no início deste relatório, é possível que ainda veremos alguns corpos boiando nas próximas semanas ou meses, assim como aconteceu após o colapso de Terra.
O aparecimento de novas notícias negativas pode impulsionar os preços para patamares inferiores no curto a médio prazo, principalmente para aqueles demonstrados no vídeo do começo do relatório.
Dito isso, acreditamos que a tecnologia e o mercado de criptoativos estão longe de seu fim. Na verdade, acreditamos que estamos apenas no início de toda essa jornada.
O processo de inovação é necessariamente uma iteração entre a construção e a destruição.
Tenho certeza de que os eventos da última semana ficarão marcados na história como um ponto de inflexão do mercado de criptoativos e serão de extrema importância para a sua maturação.
Conclusão
Dito tudo isso, estas são algumas conclusões que podemos tirar desse episódio (até o momento):
- A regulação de criptoativos deve acelerar. Ela será necessária para um ambiente mais seguro;
- O ETF spot de bitcoin, aguardado há anos nos EUA, poderia ajudar muito o mercado, para que investidores não precisem se expor exclusivamente a exchanges e eventualmente delegar a elas a custódia de seus ativos;
- Apesar dos eventos passados de altíssimo impacto, como o caso Mt Gox e o hack da The DAO, o mercado sempre se reorganizou e se recuperou. O problema não está no BTC e no ETH. Suas teses, inclusive, se fortalecem, mas não sem passar por um novo momento de provação;
- Inclusive, se você avaliasse o BTC, por exemplo, como uma empresa, veria que do ponto de vista de múltiplos ela está bastante barata. Entretanto, estamos em um ambiente de pânico, que no curto prazo ignora as métricas;
- Efeitos colaterais do colapso da FTX adicionarão volatilidade ao mercado. Entre eles, os principais são a estabilidade financeira de outros players importantes, como a Tether, e quem sofrerá calote da FTX e entrará em sua própria espiral da morte. Por isso é tão importante seguirmos acompanhando de perto o desenrolar dessa história.
Para finalizar, de maneira prática, devemos nos lembrar mais uma vez de algumas orientações importantes para agora:
- Limite a sua exposição a esse mercado. Criptoativos não devem e jamais deverão ser seu único investimento. Um portfólio diversificado é essencial;
- Neste momento, tenha bons ativos, com fundamentos sólidos e com maior resiliência, como BTC e ETH. Ambos podem cair no curto prazo, porém suas teses seguem cada vez mais fortes com o decorrer do tempo;
- Tenha uma boa parcela de caixa. Isso fará você dormir melhor à noite e também será de extrema importância para quando as oportunidades aparecerem, e elas aparecerão;
- Não tome decisões precipitadas e nem faça grandes movimentos no calor do momento. Sair desse mercado é uma decisão tão ruim quanto apostar tudo nele. Aliás, seja extremamente diligente no tamanho de suas posições;
- Segurança é primordial e isso nunca foi tão evidente. Se possível, sempre mantenha seus fundos em uma wallet própria, de preferência uma hardware wallet, principalmente grandes valores. Se decidir delegar seus fundos para uma instituição, esteja ciente que você também está terceirizando sua segurança, por isso, o faça apenas para instituições que você tem plena confiança;
- Caso você não deseje fazer sua própria custódia de criptoativos por meio de uma wallet, é recomendado que se exponha a esse mercado por ativos regulados, como ETFs e fundos de investimento, uma vez que eles utilizam soluções institucionais de custódia mais controladas e estáveis.
Se você conseguir cumprir com os pontos acima, tenho convicção que você estará preparado para enfrentar todos os cenários possíveis adiante.
Ainda temos muitas incógnitas no horizonte temporal de curto a médio prazo, mas esteja preparado para agir quando a neblina que ofusca a nossa visão começar a dispersar.
Para isso, basta aguardarmos mais uma vez o crepúsculo levá-la com seu calor. E se temos certeza de algo, é que amanhã o sol voltará a nascer.