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Fundo Carteira Universa, da Empiricus Gestão, confirma tendência de crescimento em agosto, com alta de 2,60%

Em live do YouTube, Aanalistas discutem os bons resultados do mês de agosto, com destaque para o “rotation trade” nos EUA e para a temporada de balanços das empresas brasileiras

Por Equipe Empiricus

06 set 2024, 16:01 - atualizado em 06 set 2024, 16:01

Na live mensal da Empiricus Gestão sobre os resultados do fundo Carteira Universa, os analistas da casa ressaltaram o desempenho positivo do fundo no mês de agosto, destacando a recuperação do mercado brasileiro e a influência das taxas de juros no Brasil e nos EUA. 

Felipe Miranda, sócio-fundador e estrategista-chefe da Empiricus Research, comentou sobre o bom resultado do fundo no mês, que teve um retorno aumento de 2,60% em agosto, destacando o exagero no apreçamento pessimista em relação a todo “kit Brasil”.

“É claro que nós temos os nossos problemas e eles ficam cada vez mais evidentes nesse início de setembro, mas tudo tem preço. A bolsa sobe há três meses. Não é que o Brasil está decolando, não é nada parecido com isso, mas mais uma vez o Brasil está se revelando um pouco do país da reversão à média.”, explicou.

João Piccioni, CIO da Empiricus Gestão, lembrou que a bolsa brasileira deixou de ocupar a posição de mais desvalorizada do mundo, com Ibovespa subindo 0,50%. esse ano. A bolsa do México assumiu esse posto, com queda de 8,58% no ano, seguida pela bolsa de Shangai, que registra -5,50% no mesmo período, puxada pelas dificuldades da China em retomar o crescimento econômico.

Empresas resilientes a possíveis altas da Selic; destaques para BR Partners e 3R

Os bons resultados divulgados pelas empresas na temporada de balanços, com forte crescimento nos lucros como há muito tempo não se via, também contribuíram para esse cenário positivo. 

De acordo com Larissa Quaresma e Henrique Cavalcante, analistas da Empiricus Research, as empresas selecionadas pelo fundo estão mais rentáveis e saudáveis e, portanto, tendem a passar com maior tranquilidade pelo ciclo de alta da taxa Selic, caso ele de fato ocorra.

Larissa citou o caso da BR Partners (BRBI11), uma grande acumuladora de lucros ao longo do tempo, com foco em crescimento gradual e rentável, que não tem tradição em grandes aquisições transformacionais. A última novidade O último resultado foi a vertical de gestão de patrimônio, que já está gerando receita significativa com captação na casa dos bilhões de reais.

Segundo a analista, mesmo em momentos difíceis no mercado de capitais, a BR Partners conseguiu manter um retorno acima do custo de capital. Ela citou o exemplo da crise de Americanas no ano passado, que paralisou muito as emissões de renda fixa, uma vertical muito forte para a companhia. Ainda assim, a empresa chega hoje com um ROI de 25%

“Quando tiver muito apetite no mercado para todo tipo de emissão de oferta pública, será um gatilho para o empilhamento de lucro”, explicou.

A analista também comentou sobre a previsão da 3R de produzir 110.000 mil barris de petróleo, um patamar que deve ser alcançado no final de 2025. O campo de Atlanta está começando a implementar o sistema de produção definitivo, ou seja, há muito espaço para crescimento orgânico dentro da companhia, embora haja desafios de execução – desde o IPO (oferta pública inicial), a empresa está atrás da curva de produção projetada por ela mesma.

“Com esse patamar de produção, ela passa a ser uma grande geradora de caixa. Isso muda a percepção de um case de alto risco para um case de fluxo contínuo de free cash flow yield [fluxo de caixa livre, em inglês], quem sabe para uma grande pagadora de dividendos”, resume.

“Rotation trade” e corrida eleitoral nos EUA

No âmbito internacional, agosto foi de fortes emoções, com as bolsas caindo no início do mês, mas com um retorno do apetite por ativos de risco em diversos segmentos. 

De acordo com Piccioni, houve alguns casos de “rotation trade” – estratégia de migrar investimentos de acordo com o desempenho dos mercados – mais ligados à economia real. Ele citou o exemplo das ações da Berkshire, que tiveram uma boa performance em agosto, e a recuperação do setor de tecnologia, com a Nasdaq fechando o mês no campo positivo.

“Esse apetite por ações acabou transbordando e a gente provavelmente vai ver os mercados andando juntos daqui para frente, deflagrados, a meu ver, pelo corte de juros nos EUA”, ressaltou.

Em relação às eleições americanas e os possíveis impactos no mercado brasileiro a depender de quem saia vitorioso, Felipe acredita que não haverá grandes repercussões no curto prazo. O cenário mais preocupante é o da polarização muito intensa, que resulte em incertezas sobre quem venceu ou não, nono não reconhecimento do eleito e quem venceu, ou seja, numa crise de legitimidade das instituições americanas. 

“A única coisa que talvez preocupe um pouco é a política de benefícios econômicos geradora de inflação”, completou Piccioni, enfatizando que o portfólio do Carteira Universa possui diversificação de ativos de reserva e correlação em relação ao dólar que inclui ouro, bitcoin e posição de caixa tanto em dólar quanto em real.

Em resumo, as perspectivas até o final do ano são positivas, com a grande maioria dos bancos centrais do mundo indicando corte nas taxas de juros e, no Brasil, com um tecido empresarial que impede um ajuste fiscal na receita.

Você pode conferir no vídeo abaixo a análise completa e detalhada de todos os temas abordados na live mensal do Carteira Universa:

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