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Nos últimos 5 anos, os fundos de crédito se tornaram uma classe muito importante para o segmento de fundos imobiliários. No período, a representatividade destes FIIs quase dobrou no Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix).
O que são fundos de crédito e por que estão chamando a atenção dos investidores?
Por definição, os fundos de crédito privado são aqueles com mais de 50% de seus recursos para títulos de dívida emitidos por empresas privadas. O motivo de seu destaque, na visão do analista de fundos imobiliários da Empiricus Research, Caio Araujo, se deve pelo maior nível de segurança que eles proporcionam, especialmente os high grade.
“O fundo de crédito high grade consegue repassar o IPCA e o CDI (dependendo do tipo), com mais antecedência que fundos de tijolos. Por isso, eles se tornaram uma estratégia de remuneração muito interessante para investidores que gostam de ter os rendimentos corrigidos”, avaliou Araujo durante a sua participação no evento “Onde Investir em 2025”, promovido pelo Seu Dinheiro, portal de notícias do mesmo grupo da Empiricus.
Fundos de crédito no portfólio
Para a carteira de fundos imobiliários de 2025, o analista acredita que estes papéis continuam relevantes para alocação de capital. “Hoje temos fundos de crédito de qualidade, com bons locatários e um fluxo de recebimento bem previsível. Esse contexto torna-os em termo qualitativo”, comentou.
Além disso, Araújo ainda acrescentou que, no mesmo panorama dos últimos 5 anos, são poucos os fundos de crédito high grade descontados em relação ao valor patrimonial. Contudo, vale prestar atenção: existem alguns destes ativos que podem ser mais arriscados, dentro do cenário de taxa Selic mais elevada – o que pode provocar uma alta na inadimplência.
Onde investir na classe de fundos imobiliários em 2025
O ano de 2024 foi frustrante para o investidor de fundos imobiliários, na visão de Araujo. Por isso, para 2025, o analista estabelece que deve haver uma “régua de qualidade elevada” na hora de escolher quais ativos investir.
“Olhando para os riscos, entendo que fundos com alavancagem e/ou liquidez restrita podem apresentar maior sensibilidade ao cenário”, explicou Araujo. Para os fundos de tijolos, por exemplo, o analista enxerga um horizonte de investimentos no longo prazo em que papéis de qualidade devem entregar não só nos rendimentos, como também no ganho de capital.
Todas as expectativas do analista, junto à visão dos especialistas Ricardo Vieira, diretor da área de Real Estate do Pátria, e Mauro Dahruj, sócio e gestor da Hedge Investments, que também participaram do evento, você encontra abaixo:
