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Fundos imobiliários: para analista, os investidores deveriam estar de olho neste FII de crédito; saiba qual

Na opinião do analista Caio Araujo, há oportunidades sendo deixadas de lado entre FIIs de crédito e essa é uma delas

Por Leonardo Carmo

25 dez 2023, 09:00

Imagem representando o fundo de crédito, uma modalidade de Fundo de Investimento que investe em títulos de Renda Fixa emitidos por empresas privadas ou securitizadoras
Fundo de Crédito

Neste mês de dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros para 11,75% a.a. O corte de 0,50 p.p não surpreendeu o mercado financeiro porque o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, já vinha indicando que manteria esse ritmo.

Contudo, plantou uma dúvida na cabeça dos investidores: “não era para os fundos imobiliários estarem se valorizando?”. 

Historicamente, reduções na Selic tendem a criar um cenário favorável para ativos de risco, mas o que tem sido visto ultimamente é uma queda nos fundos de crédito (aqueles que aplicam seus recursos em CRIs). Para o analista Caio Araujo, isso pode estar relacionado a duas coisas:

  1. Migração para fundos de tijolo;
  2. Desaceleração no ritmo de pagamentos.

Como os fundos de crédito possuem uma carteira majoritariamente ligada à inflação, os repasses ficaram menores quando ela se estabilizou. Por conta disso, nós tivemos dividendos inferiores aos vistos no primeiro semestre e ano passado”, afirmou o especialista no programa Giro do Mercado.

Na ocasião, ele contou que a Empiricus Research também vinha privilegiando os fundos de tijolo em suas carteiras, mas parou esse movimento em outubro, quando percebeu que havia oportunidades sendo deixadas de lado.

Tem fundos sendo negociados com até 10% de desconto em relação ao seu valor patrimonial”, explicou.

Em qual FII investir?

Mas, afinal, quais as oportunidades existentes no mercado de FIIs agora? Na opinião de Araújo, os investidores deveriam estar de olho no RBR Rendimento High Grade (RBRR11).

Esse fundo imobiliário possui cerca de 15 milhões de cotas distribuídas em uma base de mais de 130 mil cotistas e um valor patrimonial de R$ 1,4 bi. Nos últimos três meses, sua liquidez diária se manteve robusta, com uma média de R$ 3,7 milhões negociados. 

Entre os ativos com baixo risco de crédito, o RBRR11 é o que mais se destaca, na análise do especialista. “Mesmo com essa correção monetária, ele tende a pagar um dividend yield próximo de dois dígitos em 2024. Considerando seu nível de desconto, isso pode continuar pelos próximos três anos”.

Além desse fundo, o analista recomenda outras quatro oportunidades de investimento em um material elaborado pela Empiricus Research.

Normalmente, seria necessário pagar para acessar esse relatório. Mas, por enquanto, a maior casa de análise independente do Brasil está disponibilizando essas indicações gratuitamente, como cortesia.

Para consultá-las, basta clicar no link abaixo.

Sobre o autor

Leonardo Carmo

Jornalista em formação pela Universidade de São Paulo (USP) e redator no Grupo Empiricus. Já trabalhou com Comunicação Interna em uma startup de serviços financeiros e no time de Conteúdo da EXAME. Hoje escreve para os portais Empiricus, Seu Dinheiro e Money Times.