A Gerdau (GGBR4) anunciou a venda da participação acionária nas joint-ventures Diaco (49,85%) e Metaldom Corp (50%) por US$ 325 milhões, segundo fato relevante divulgado pela companhia na última quarta-feira (17).
O analista Fernando Ferrer, da Empiricus Research, vê a transação como positiva para a Gerdau, embora “pouco representativa em termos de Ebitda”.
Segundo ele, a venda das JVs para o grupo INICIA, sócia da Gerdau nos ativos, reitera “o foco da companhia em continuar executando o seu core business, onde tem diferencial competitivo”.
Os desinvestimentos para focar nos negócios em que tem mais know-how têm sido uma das marcas da Gerdau desde 2014. Nos últimos dez anos a companhia vendeu diversos ativos que tinha pelo mundo e direcionou as atenções para as operações nas Américas, principalmente Estados Unidos e Brasil.
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Valor da venda foi atrativo para a companhia
Além disso, o valuation da negociação foi atrativo para a siderúrgica. “Foi um valuation de 4,8 vezes Ebitda, enquanto a própria Gerdau negocia a 4 vezes. Tem um prêmio interessante na operação”, avaliou Ferrer, que completou:
“O parque tecnológico da Gerdau é mais desenvolvido do que esses ativos que ela está vendendo. Na verdade, os ativos deveriam ter um desconto em relação ao portfólio da Gerdau, e não o contrário. Foi uma boa venda”.
As ações da Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) estão presentes em diversas séries da Empiricus Research.
Aço chinês, GGBR4 x GOAU4 e perspectivas para a ação
Além da venda das join-ventures, Fernando Ferrer comentou no Giro do Mercado desta quinta-feira (18) a situação envolvendo o aço chinês, as diferenças entre GOAU4 e GGBR4 e as perspectivas para a ação.
Confira a entrevista completa: