Times
Investimentos

Grupo GPS (GGPS3): lucro líquido cresce 42% em bom 4T22; hora de comprar?

GPS conta com contribuição das sete adquiridas e bom crescimento orgânico para entregar 4T22 acima das expectativas

Por Richard Carboni Camargo

03 mar 2023, 11:46 - atualizado em 03 mar 2023, 11:46

Grupo GPS (GGPS3)
Imagem: B3

Ontem à noite (03), o Grupo GPS (GGPS3) — líder no setor de serviços terceirizados no Brasil — apresentou seus resultados referentes ao 4T22 e o consolidado do ano passado.

No 4T22, a empresa somou receitas de R$ 2,48 bilhões, um crescimento de 29% em relação ao mesmo período de 2021.

No consolidado do ano, as receitas foram de R$ 9,21 bilhões, 39% superiores ao ano passado e marginalmente acima do esperado pelo mercado.

Deste crescimento, a GPS contou com a contribuição de sete aquisições realizadas desde o IPO, além de um ritmo excelente de 11% de crescimento orgânico.

GPS atende as expectativas dos investidores

Desde o IPO, a tese de investimentos foi ancorada na consolidação: como a maior terceirizadora do país, a GPS é referência em sistemas, pessoas e gestão de passivos trabalhistas.

Operando as melhores margens do setor, a expectativa dos investidores era de que as empresas adquiridas se tornariam mais eficientes e rentáveis dentro da GPS.

Quase 2 anos depois, vemos que a GPS tem atendido tais expectativas. As empresas adquiridas integram seus sistemas num prazo médio de 4 meses; após um ano, suas margens já se parecem bem mais com as da GPS.

Por falar em margens, a empresa totalizou um Ebitda de R$ 295 milhões no 4T22, 50% superior ao do 4T21, com expansão de 1,7 ponto percentual de margem, totalizando 11,9% no período.

No consolidado do ano, o Ebitda do Grupo totalizou R$ 1 bilhão, crescimento de 45% versus 2021 e com margens de 10,9% (acréscimo de 0,4 pontos percentuais).

Lucro líquido tem alta de 42% na comparação anual

Mesmo diante das grandes aquisições, o principal risco da tese de investimentos manteve-se controlado: as despesas trabalhistas mantiveram-se em 1,1% da receita líquida, em linha com o histórico.

Um dos receios dos investidores era o de que a GPS poderia ser surpreendida por passivos maiores que o esperado em empresas adquiridas. Até o momento, não temos nenhum sinal de que isso esteja acontecendo.

Ao final do trimestre, o lucro líquido totalizou R$ 203 milhões, crescimento de 42% na comparação anual. 

No ano, a GPS totalizou R$ 517 milhões em lucros, bem acima das estimativas do mercado que passaram a maior parte de 2022 oscilando na faixa dos R$ 460 milhões.

GGPS3 segue como recomendação da Empiricus Research

Apesar de um início de ano bastante conturbado na Bolsa brasileira, as ações da GPS estão praticamente estáveis; desde o seu IPO, em 2021, caem 7% enquanto muitos dos IPOs da mesma safra acumulam quedas superiores a 70%.

Seu perfil relativamente defensivo, o bom perfil de rentabilidade e o excelente histórico de execução são fatores que nos deixam confiantes com a tese de investimentos.

Negociada a 7x o Ebitda estimado para 2023, as ações da GPS (GGPS3) estão na série Microcap Alert da Empiricus

Economista formado pela Universidade de São Paulo (FEA-USP), é analista de ações certificado pelo CNPI, especialista no setor de tecnologia, com foco em ações internacionais. Está na Empiricus há 5 anos, onde é responsável por relatórios nacionais e internacionais, como o MoneyBets Revolution, um portfólio de teses especulativas em segmentos como healthtech, energia sustentável, software e games. Antes da Empiricus, trabalhou por 5 anos no setor de tecnologia.