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Guia Completo: Os Melhores Investimentos para 2018

Já passou o carnaval e você não tem mais desculpas para adiar seu planejamento financeiro. Conheça aqui os melhores investimentos para 2018 e prepare-se agora para um ano de volatilidade.

Por Equipe Empiricus

15 fev 2018, 11:52

Agora o Brasil começa a andar. Já passou o carnaval e você não tem mais desculpas para adiar seu planejamento financeiro de 2018.

Este ano promete trazer fortes emoções para os investidores.

Internamente, a expectativa é de que a economia brasileira saia de vez da recessão em 2018. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que o PIB brasileiro registrará crescimento de 1,9% em 2018. A projeção nacional é ainda mais otimista. Segundo o boletim Focus, do Banco Central, o crescimento do Brasil em 2018 poderá chegar a 2,62%.

A perspectiva positiva é consequência de uma inflação controlada, juros mais baixos e aumento da confiança do consumidor.

No entanto, 2018 é um ano de eleições no país. Se for eleito à presidência um candidato pró-mercado, poderemos vivenciar um período de muita valorização dos ativos. Por outro lado, se elegermos um presidente populista ou contrário às reformas capazes de equilibrar as contas públicas, o provável é que os juros subam rapidamente.

Daí decorre que a eleição presidencial de 2018 é um tema muito mais relevante do que a aprovação da reforma da Previdência em si. Mesmo um fracasso das negociações agora poderá ser sobrepujado pela recuperação do assunto ao longo do próximo ano, contanto, é claro, que caminhemos para a eleição de um candidato reformista.

No cenário externo, há o receio de que o Fed (o Banco Central norte-americano) suba os juros em ritmo mais acelerado do que o previsto, o que poderia acabar com o crescimento daquela economia, ao mesmo tempo em que decretaria o fim da festa da grande liquidez global, com impacto potencialmente grande sobre os mercados emergentes – Brasil incluído, claro.

Junte todos esses fatores, coloque no liquidificador e o resultado será um ano de incertezas com um toque especial de volatilidade.

Por isso, quanto antes você preparar seu portfólio de investimentos para as incertezas de 2018, melhor.

De acordo com Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus, é importante “destinar uma pequena parte do portfólio para correr muito risco em Brasil. Se a coisa continuar bem, você vai surfar. Ao mesmo tempo, separar uma boa parte para deixar em caixa e em moeda forte. O ano de 2018 vai lhe oferecer a chance de entrar com tudo, seja pela volatilidade das eleições ou por algum soluço lá fora. Pouco de muito risco, muito de zero risco. Assim você surfa e, ao mesmo tempo, se protege”.

Onde investir em 2018?

Renda fixa

Com a queda da Selic, alguns títulos da renda fixa perderam atratividade. Mas isso não quer dizer que não seja possível obter retornos interessantes. No e-book Guia dos Melhores Investimentos 2018, mostramos quais são os títulos mais interessantes para sua carteira nessa modalidade de investimentos.

Renda variável

Será que 2018 vai ser o ano da Bolsa? Quem investiu em renda variável ainda em 2017 conseguiu embolsar bons retornos, alguns acima de 100%. Com a melhora da economia, talvez tenhamos a chance de ver o maior bull market da história brasileira.

Câmbio

Apesar dos sinais de recuperação econômica, não podemos ignorar alguns fatores de instabilidade neste ano. Diante disso, é sempre bom ter na carteira um pouco de dólar. No e-book, mostramos quais as alternativas de investimento na moeda americana.

Principais desafios de 2018

#1 Riscos no Brasil

Este ano tem tudo para trazer as eleições mais conturbadas que o Brasil já viu desde a redemocratização. O primeiro fator desestabilizador é a incerteza quanto a quais serão os candidatos na disputa. A ausência de um nome forte, seja de direita, de esquerda ou de centro, deixa tudo mais nebuloso.

Com a condenação do ex-presidente Lula em segunda instância, ele fica inelegível e o PT perde seu principal representante. Nas pesquisas de intenções de voto, o petista foi apontado como líder em todos os cenários, tanto em simulações de primeiro quanto de segundo turno.

Em segundo lugar nas pesquisas está o deputado federal Jair Bolsonaro, ainda sem partido oficial para lançar sua candidatura. O desafio do candidato será convencer os eleitores de que tem um plano de governo bem estruturado e provar ao mercado que terá condições de implementar uma agenda liberal na economia, com uma equipe preparada para enfrentar os desafios de um país ainda em recuperação.

O PSDB ainda não oficializou quem será seu candidato na disputa, mas tudo leva a crer que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, assumirá o posto. Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) também estão cotados para disputar a cadeira presidencial. E, é claro, não se sabe como o PMDB, partido do atual presidente, Michel Temer, vai se posicionar: se apoiará alguém ou se terá candidato próprio.

#2 Atividade econômica

Outro ponto de atenção é a continuação da retomada da atividade econômica brasileira. De acordo com projeções de analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central, o PIB (Produto Interno Bruto) deste ano deve crescer 2,70%, ou seja, 1,6% a mais do que em 2017.

#3 Risco geopolítico

As trocas de ameaças entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, tendem a aumentar a aversão ao risco dos investidores, por mais que os especialistas considerem remotas as chances de uma guerra. Porém, caso as tensões entre os dois países se agravem, é natural uma realocação de capital, com migração de investidores para aplicações mais seguras, como ouro e dólar.

Uma forte apreciação da moeda americana teria impacto na política monetária do Brasil, pois um dólar mais forte adicionaria pressão sobre a inflação brasileira e poderia influenciar na condução dos juros pelo Banco Central.

#4 Política monetária dos EUA e da Europa

A expectativa do mercado é que o novo presidente do Fed, Jerome Powell, dê continuidade à política monetária de alta gradual dos juros adotada por Janet Yellen. Caso a inflação surpreenda para cima, o ritmo de aumento dos juros poderá ser acelerado. Se isso ocorrer, deverá dar maior atratividade ao mercado de capitais americano, possivelmente estimulando a saída de recursos de países emergentes, como o Brasil.

O Banco Central da Inglaterra também já sinalizou que vai iniciar um aumento gradual dos juros, com o objetivo de controlar a inflação que se instalou após o Brexit. Já na União Europeia, segundo o Credit Suisse, os juros deverão começar a subir em 2019.

Além de estimularem a saída de capitais do mercado brasileiro, os juros mais altos no mundo podem ter impactos sobre a taxa de câmbio, causando o enfraquecimento do real e, consequentemente, pressionando a inflação.

O maior erro do investidor brasileiro

Sem grandes rodeios, o maior erro do investidor brasileiro é insistir em aplicar na poupança. Sistematicamente, alertamos nossos leitores sobre o baixo rendimento da poupança em relação a outras aplicações da renda fixa.

Temos uma lista extensa de conteúdos sobre o assunto.

Veja tudo sobre: Poupança

Com as novas regras de rentabilidade, a poupança ficou ainda pior.

Mesmo assim, em 2017, o número de depósitos na poupança superou os de saque, atingindo a cifra de R$ 17 bilhões.

Estamos falando de R$ 17 bilhões rendendo menos do que a Selic. Será que o seu dinheiro está entre eles?

Detalhe: o dinheiro na poupança só vai render se comemorar o “mesversário”. Caso contrário, você não leva nada. Se você investir um valor no dia 1º e retira no dia 29, o dinheiro não rende um tostão.

Até quando você vai insistir nisso?

Existem aplicações tão conservadoras quanto a famosa caderneta que são mais seguras, rendem mais e podem ser resgatadas a qualquer momento. Esse é o caso dos títulos do Tesouro Direto.

Para saber tudo sobre esse tipo de aplicação, conheça nosso canal exclusivo.

Depois de entender como funciona o Tesouro Direto, duvido que você vai querer deixar seu dinheiro à mercê do pífio rendimento da poupança.

Não cometa esse erro em 2018.

Como diversificar a carteira de investimentos

Renda Fixa ou Variável? Sente-se confuso? Veja o quadro abaixo

Alguns tipos de investimentos por categoria e complexidade
Categoria Nome do Investimento Complexidade
Poupança Poupança 0 (muito fácil)
Renda Fixa Fundos DI 1
Renda Fixa CDB 2
Renda Fixa LCIs / LCAs 3
Renda Fixa Tesouro Direto 3
Câmbio Dólar 4
Renda Variável Fundos Imobiliários 5
Renda Variável Ações 6
Renda Variável Opções 10 (muito difícil)

 

A melhor maneira de enfrentar as incertezas deste ano eleitoral é ter uma carteira de investimentos diversificada, que encontre o equilíbrio entre ativos menos arriscados e aqueles de risco mais elevado, sempre respeitando seu perfil de investimento e tolerância a risco.

Antes de partir para a diversificação, construa uma boa reserva de emergência – aquele dinheiro que deve estar à mão a qualquer momento para ser usado em caso de imprevistos. Essa quantia deve equivaler a de seis a doze meses dos seus gastos diários e deve ser aplicada em investimentos seguros.

Nem pense em ver a poupança como uma alternativa para sua reserva de emergência. As melhores opções para seu dinheiro render de forma segura são os títulos do Tesouro Direto – neste caso, o Tesouro Selic pode ser uma boa – ou um fundo DI barato, cuja taxa de administração não seja maior do que 0,2% ao ano.

Feito isso, aí sim, passe para a diversificação.

Adicione risco

Para aqueles que ainda estão no estágio inicial da montagem de uma carteira, não há necessidade de mirar diretamente para a Bolsa de Valores. O primeiro passo em um ativo de risco pode se dar pela compra de uma debênture, por exemplo.

As debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas que, embora apresentem certas restrições de liquidez, podem ser uma ótima opção nessa classe de ativos. Porém, antes de escolher uma debênture, ou qualquer título privado, é preciso investigar a saúde financeira da companhia, sua capacidade de pagamento, fluxo de caixa, indicadores de gestão, entre outros fatores, a fim de diminuir os riscos de perda ou calote. Até porque as debêntures não contam com a garantia do FGC.

Posteriormente, o investidor pode optar por adicionar um pouco mais de risco à carteira com a renda variável, seja pela compra de ações de empresas listadas na Bolsa, seja por meio de um fundo de ações.

Proteja do portfólio

Toda carteira de investimento diversificada também precisa ter seguros ou hedges (proteção). São eles que vão proteger o patrimônio em cenários adversos.

A estratégia de seguros consiste em aplicar uma parcela muito pequena do seu patrimônio (1% ou 2%) em estruturas ou ativos que possam se apreciar em caso de depreciação do restante da carteira. Um exemplo seria a compra de puts de uma ação que você já tenha.

Entre as alternativas mais populares para proteger o portfólio, estão as opções, o ouro e o dólar. Caso haja uma valorização dessas aplicações, o potencial de ganho é exponencial.

Retrospectivas dos Investimentos 2017

Para encerrar este artigo, vamos dar uma olhada nos rendimentos de algumas aplicações financeiras em 2017.

Mas lembre-se: retorno passado não é garantia de retorno futuro.

Para montar sua carteira de investimento em 2018 foque no que está por vir e prepare-se para cenários de incerteza.

Tesouro Direto

Os títulos públicos são considerados os mais seguros e simples para se investir. Quando o investidor compra um papel do Tesouro, na prática está emprestando dinheiro ao governo federal. Para investir no Tesouro Direto, basta ter um CPF válido e acesso à internet – com apenas R$ 30 já é possível investir. Os títulos do Tesouro são muito indicados para a formação do colchão de liquidez – dinheiro destinado para imprevistos e casos de emergência, como perda do emprego ou problemas de saúde.

Existem três tipos de títulos públicos: os prefixados (taxa fixa anual), os indexados (atrelados ao IPCA mais uma taxa prefixada) e os pós-fixados (acompanham a taxa Selic). Segundo dados do Tesouro Direto, a rentabilidade dos títulos públicos até o dia 30 de novembro de 2017 foi de dois dígitos, com destaque para as altas de 17% do Tesouro Prefixado 2023 e de 12% do Tesouro IPCA+ 2035 com juros semestrais.

Bitcoin

Trata-se de uma criptomoeda, ou seja, uma moeda digital de códigos gerados por um sistema integrado de computadores. O código foi estruturado de forma que cada bitcoin seja único e para que exista um número limitado de unidades da moeda no mundo. Tudo isso é possível graças ao blockchain, uma rede de alta segurança e confiabilidade em que o bitcoin é produzido, transacionado e validado.

O bitcoin, que é a moeda digital mais famosa e mais importante do mercado cripto, teve uma valorização que ultrapassou os 1.300% em 2017, e se tornou o ativo que mais subiu no ano. Seu último recorde de preço ocorreu no dia 17 de dezembro, quando a a  criptomoeda chegou a ser negociada a quase US$ 20 mil, cerca de R$ 64.600,00 em valores atuais.

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Fundos de investimento

É uma aplicação que agrega o dinheiro de várias pessoas (cotistas) com o objetivo de contratar um gestor para cuidar do valor investido. Existem vários tipos de fundos e cada um tem regras, comportamentos e objetivos diferentes. Por exemplo, alguns focados em ações, uns, em renda fixa, e existem também fundos multimercados, entre outros.

Assim como ocorre com outras modalidades de investimentos, existem fundos mais agressivos e outros mais conservadores, variando conforme o perfil do gestor. Alguns são indicados para o curto prazo e outros apenas para o longo prazo. Por isso, antes de investir, é preciso entender o seu perfil, o quanto de risco está disposto a correr e se seus objetivos estão alinhados aos do fundo escolhido.

Em 2017, quem soube fazer boas escolhas conseguiu lucrar, em média, 20% com fundos de ações.

Quer encontrar o fundo certo para investir em 2018? Consulte agora o buscador de fundos da Empiricus.

A ferramenta exclusiva permite encontrar e comparar qualquer fundo de investimento do mercado a partir do nome ou CNPJ. O grande diferencial em relação a outros buscadores é que a ferramenta mostra a taxa de administração, as dez maiores posições da carteira e faz uma comparação, lado a lado, de até três fundos diferentes.

Bolsa de Valores

Quem investiu na Bolsa em 2017 viu seu dinheiro se multiplicar. Com oito altas semanais consecutivas, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, teve valorização de 26% em 2017, bateu recordes e fechou o ano no patamar dos 76 mil pontos, superando o recorde de 2008.

O principal catalisador dessas máximas foi o otimismo do mercado, decorrente do excesso de liquidez global e, claro, da recuperação da economia brasileira. Além disso, o ciclo de queda dos juros também favoreceu a trajetória ascendente do mercado de ações.

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