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Growth Investing: saiba como investir em ações com alto potencial de valorização

Growth Investing é um tipo de estratégia de investimento focada na valorização do capital. Entenda o que é e como ter resultados com Growth Investing.

Por Equipe Empiricus

25 set 2023, 13:49 - atualizado em 19 fev 2024, 12:11

Imagem para representar o Growth Investing, ou investimento em crescimento, é um tipo de estratégia de investimento focada na valorização do capital.

Uma discussão interminável nos mercados é quanto valem as empresas de tecnologia. Os adeptos do bom e velho “value investing”, método para estimar o valor de mercado de uma companhia a partir dos seus resultados, não conseguem justificar o preço dessas ações. Como explicar que a Tesla vale mais do que as nove maiores montadoras somadas? É aí que entra o “growth investing”.

O que é o growth investing?

O Growth Investing (ou, em português, investimento em negócios de alto crescimento) é uma proposta diferente para calcular o valor de empresas com potencial de exponencializar seus resultados. Esse termo ganhou os holofotes nos mercados em 2020, mas não é exatamente um conceito novo. Gestores “das antigas” já usavam a metodologia antes mesmo de alguém falar em Vale do Silício.

Um dos precursores dessa ideia é Philip Fisher. Ele é economista e fundou sua própria gestora, a Fisher & Co, em 1931. Porém, foi em 1958 que ele ficou conhecido ao publicar seu primeiro livro “Ações Comuns, Lucros Extraordinários”, um best-seller no qual dividia seu método para lucrar com ações pouco vislumbradas. Sim, ele é um dos “papas” do growth investing.

Basicamente, o economista foi um dos primeiros a defender o investimento em empresas menores, porém, com grande potencial de crescimento. Elas geralmente são jovens no mercado e prezam pelo alto grau de pesquisa e tecnologia para continuar expandindo seus serviços. Quem embarca nessas empresas cedo, pode ter retornos expressivos quando elas crescerem.

Até hoje Fisher é referência para grandes gestores. Warren Buffett, por exemplo, já disse ter Fisher como inspiração para “turbinar” os ganhos do seu portfólio. Ele já afirmou que destina algo como 15% da sua carteira para investir em empresas que se encaixam na tese de Fisher.

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Como encontrar empresas com potencial de crescimento?

Observar somente o balanço financeiro de uma empresa não é suficiente, segundo Philip Fisher. É preciso analisar minuciosa e qualitativamente as empresas antes de comprar suas ações.

Em um de seus livros, o economista sugere que você busque respostas para essas 15 perguntas antes de investir qualquer dinheiro em uma empresa:   

  1. A empresa tem produtos ou serviços com potencial de se manter no mercado por muitos anos?
  2. A empresa desenvolve frequentemente novos produtos ou serviços para fomentar o potencial de vendas?
  3. Há esforço em pesquisa e desenvolvimento proporcional ao tamanho da empresa?
  4. A empresa possui estrutura de vendas acima da média?
  5. A empresa tem uma boa margem de lucro?
  6. O que a empresa está fazendo para manter ou aumentar sua margem de lucro?
  7. Os funcionários gostam de trabalhar lá?
  8. A empresa possui boas relações executivas?
  9. A gestão da empresa é transparente quando necessário?
  10. Lida bem com análise e controle de gastos?
  11. A empresa possui diferenciais em relação à concorrência?
  12. A empresa tem perspectiva de lucrar a longo ou curto prazo?
  13. A empresa tem capacidade de financiar seu negócio sozinha? Ou precisa emitir mais ações para isso?
  14. A empresa é transparente a qualquer custo com seus investidores?
  15. A integridade administrativa da empresa é questionável?

As questões levantadas pelo economista há mais de 70 anos ainda são relevantes para montar uma carteira de ações. Para qualquer tipo de investimento, os 15 pontos de Fisher são essenciais para identificar uma empresa forte e confiável no mercado.

Mas esse checklist se torna ainda mais interessante na hora de montar uma carteira de small caps.

Fisher recomendava o seguinte: “Leia tudo o que cair em suas mãos”. Ou seja: notícias de portais financeiros, análises de bancos, de corretoras de valores, o máximo que conseguir. Depois disso, o pai do Growth Investing defendia que o investidor fosse conversar com quem conhece a empresa de perto, ou seja, com funcionários, clientes, fornecedores e ex-funcionários.

Nesse caminho, é possível encontrar diferentes opiniões sobre a companhia em questão, e assim poderá traçar uma linha de pensamento sobre ela. 

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