O primeiro ETF de criptomoedas do Brasil já tem data de estreia na bolsa. O Hashdax Crypto Index será lançado no dia 22 de abril, com o código HASH11. O ETF é um fundo de índice e permitirá que o investidor pessoa física compre uma cesta de criptomoedas de uma só vez, da mesma forma que compra uma ação na bolsa.
A novidade chega ao Brasil dois meses após o lançamento do ETF exterior. Em fevereiro deste ano, a gestora brasileira Hashdax, com ajuda da Nasdaq, lançou o primeiro ETF do mundo, o Hashdax Crypto Index ETF, negociado na Bolsa de Bermudas. O fundo precursor do brasileiro replica a carteira do NCI (Nasdaq Crypto Index).
O produto é uma solução para pequenos investidores que, com simples acesso a um home broker, poderão investir em uma quantidade diversificada de criptoativos. Trata-se de um investimento passivo, que segue um indicador de mercado, uma estratégia diferente da compra de fundos de investimentos ativos. A vantagem do ETF é que a taxa de administração costuma ser menor e não há taxas de performance.
O HASH11 vai replicar o mesmo índice que seu “irmão” norte-americano, o Nasdaq Crypto Index. Este índice foi desenvolvido pela própria Nasdaq com a ajuda da gestora brasileira. O Índice sofre um processo de rebalanceamento a cada três meses, ou em outro prazo, uma revisão feita pelo próprio CF Benchmarks que é o agente de cálculo da bolsa americana.
A primeira emissão deste produto no Brasil é coordenada pela Genial, BTG Pactual e Itaú BBA. Os agentes autorizados poderão fazer pedidos de subscrição de cotas, em nome próprio ou de cliente, até o dia 16 de abril.O prazo da liquidação desta operação é dia 19 do mesmo mês.
Vale a pena comprar HASH11?
André Franco, analista da Empiricus especializado em criptomoedas, diz que “o ETF tem uma vantagem que é não ter come-cotas e ser aberto ao investidor pessoa física como qualquer outro ETF.” O analista completa dizendo ainda que por isso considera que para o investidor comum que possui os fundos 20% alocado em cripto a mudança para um ETF seria a melhor opção.
Isso porque, atualmente, a legislação da CVM impede que uma pessoa física adquira cotas de um fundo que contenha 100% de ativos em criptomoeda. Apenas investidores qualificados teriam acesso a esse tipo de investimento, enquanto que o investidor “comum” fica restrito a fundos disponíveis no varejo, onde sua exposição aos criptoativos limita-se em 20%.
Exatamente por isso que a Hashdax pensou neste produto. Ao comprar cotas do ETF, este investidor, que antes era exposto a limitados 20%, agora pode ter o valor total em criptomoedas.
Não é à toa que foram feitos diversos pedidos para que ETFs de criptomoedas fossem lançadas, e que chegaram nos órgãos reguladores do mundo. A demanda, de acordo com alguns analistas, é pelo fato de que a escassez de produtos convencionais e regulados no mercado dos criptoativos, representa um obstáculo para que grandes investidores invistam nestes ativos.
A negociação da Hashdax Nasdaq Crypto Index na bolsa brasileira, e a de seu “irmão” nos EUA , significa um grande passo para o amadurecimento deste mercado.
André acredita que o lançamento do ETF da Hashdax será um sucesso no mercado brasileiro. “Eu acredito que os riscos já tenham sido todos minimizados pelos agentes participantes da oferta. Também vejo muita demanda pelo produto e não vejo como esse lançamento pode dar errado, dado que vai existir um processo semelhante a um IPO no qual as distribuidoras vão colocar ordens de compra para criar um book de alocação”, assegurou o analista.
A corretora Vitreo vai lançar o fundo Bitcoin Defi, com alocação de 80% no ETF da Hashdax e 20% em uma carteira de criptoativos conhecidos como “DeFi”, sigla para Decentralized Finance. Esses ativos estão atrelados a tecnologias para a descentralização de serviços financeiros similares a empréstimos, seguros, transferências, pagamentos etc.
Para saber mais sobre o fundo Bitcoin Defi acesse este link.
Para investir na Vitreo no ETF da Hashdax, este é o caminho.