Mesmo após uma alta no final da semana passada, o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários (Ifix) encerrou o pregão em queda de 0,09% nesta segunda-feira (24), aos 3.296,23 pontos. Com isso, o mês de junho acumula baixa de 2,3%. No ano, a desvalorização é de 0,54%.
Logo após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, o mercado chegou a ensaiar uma recuperação, com uma pequena alta do índice, mas a alegria durou pouco.
Por que o Ifix tem caído?
Como explica o analista Caio Araujo, da Empiricus Research, as últimas semanas de forma geral têm sido de maior aversão de risco no cenário local: “Temos visto as taxas de juros de curto e longo prazo em um maior nível de estresse e os títulos públicos, consequentemente, pagando rendimentos maiores”.
“Nesse contexto, os fundos de tijolos são os mais penalizados, dada a característica de risco do setor”, explica Araujo.
Momento macroeconômico abre vantagem para fundos de crédito
Para o analista, sim. Apesar da nuvem que sobrevoa os fundos imobiliários no curto prazo, o especialista reforça que a queda das cotações abrem oportunidade para o investidor se posicionar em FIIs de qualidade.
“Os fundos de crédito, principalmente, deveriam ser predominante na carteira neste momento, ocupando pelo menos metade, ou um valor muito próximo da metade, da alocação em fundos imobiliários, pensando em curto prazo, dado que é um segmento que hoje tem um rendimento um pouco maior e com um perfil de risco mais aceitável para o momento”, recomenda.
HGCR11 e RBRR11 são fundos imobiliários recomendados no segmento
Segundo Araujo, o CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) e o RBR High Grade (RBRR11) são boas opções de fundos de crédito para se investir neste momento.
Além desses dois FIIs, o analista recomenda mais três para comprar as cotas ainda em junho. Confira a tese de investimento neles e a alocação recomendada neste relatório gratuito.