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Iguatemi (IGTI11) mantém excelência operacional e potencial convidativo no 3T24; confira números

Resultado do 3T24 confirma mais uma vez a qualidade dos ativos de Iguatemi e o sucesso da reformulação operacional da parte digital.

Por Caio Araújo

06 nov 2024, 09:35 - atualizado em 06 nov 2024, 10:20

iguatemi IGTI11

Imagem: Divulgação/Iguatemi

Nesta terça-feira (5), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com números marginalmente acima das expectativas do mercado. 

Vendas da Iguatemi cresceram quase 10% em 12 meses

As vendas totais saltaram 9,7% na comparação anual, na casa de R$ 4,9 bilhões, impulsionadas pelos segmentos de Artigos diversos, Saúde & Beleza e Joalherias.

Com isso, as vendas nas mesmas lojas (SSS) apresentaram aumento de 8,9%, mesmo com uma base comparativa desafiadora.

Em sequência, o indicador aluguel nas mesmas lojas (SSR) registrou alta de 6,3% contra o 3T23, equivalente a um crescimento real de 5,7 p.p. no período.

Vale destacar que o custo de ocupação (11,0%) e a taxa de inadimplência (-3,1%) permaneceram em níveis bem saudáveis, indicando que há espaço para crescimento de aluguel no médio prazo. A taxa de ocupação encerrou o trimestre em 95,9%, maior patamar dos últimos anos.

Receita líquida do digital expandiu 42,6% em 12 meses

No total, a receita líquida da companhia foi de R$ 366,6 milhões, crescimento de 7,3% em relação ao 3T23, proporcionado pelo leasing spread de 9,8% nas renovações de locações e pelo bom resultado do estacionamento.

Na parte digital (I-Retail e Iguatemi 365), a receita líquida atingiu R$ 41,8 milhões, aumento de 42,6% na comparação anual. Após reformulação desta área, o resultado operacional foi novamente positivo, na casa de R$ 3,4 milhões.

Queda na revenda de pontos de lojas impactou o Ebitda ajustado

O Ebitda ajustado da Iguatemi alcançou R$ 250,8 milhões no trimestre, 1,2% acima do 3T23, com recuo de margem para 77,5%. O aumento tímido está atrelado à linha de revenda de pontos de lojas, que caiu 31% no período. 

Ainda assim, com menor impacto das despesas financeiras, o FFO ajustado saltou 14,6% na comparação com o 3T23, na casa de R$ 166,4 milhões.

Por fim, a Iguatemi encerrou o trimestre com um múltiplo Dívida líquida/Ebitda de 1,67x, nível controlado para o histórico da companhia. 

Trimestre foi agitado para o portfólio de ativos de Iguatemi

Além do ambiente operacional, o trimestre da Iguatemi foi bem movimentado. A companhia passou por desinvestimento de ativos (participações no Iguatemi São Carlos e Alphaville), aquisição de fração do Shopping RioSul, desmontagem de posição em Infracommerce e especulações envolvendo a compra de novos ativos. 

O que esperar o 4T24 de Iguatemi?

Como o quarto trimestre possui uma sazonalidade favorável para o varejo, é provável que a companhia encerre o ano dentro do guidance estipulado pela gestão.

Em geral, o mercado já esperava uma boa performance de Iguatemi, acompanhando a qualidade dos seus ativos.

Por fim, continuamos enxergando atratividade nas ações de Iguatemi (IGTI11), que negociam a 9,6 vezes FFO para 2025 (FFO Yield de 10,5%) e estão entre as recomendações de compra da Empiricus Research.

Sobre o autor

Caio Araújo

Administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e profissional da Empiricus Research desde 2016. Com certificação CNPI, é o analista de Real Estate e responsável pela série Renda Imobiliária, que atua no mercado de fundos de investimento imobiliários.