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Iguatemi (IGTI11) divulga resultado consistente no 2T23; veja a recomendação da Empiricus Research

Vendas totais da Iguatemi no segundo trimestre saltam 8% na comparação anual; receita líquida (+16%) e ebitda ajustado (+18%) também crescem no 2T

Por Caio Araújo

02 ago 2023, 10:45 - atualizado em 03 ago 2023, 15:56

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Imagem: Freepik

Na noite de ontem (2), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados operacionais do 2T23, com números ligeiramente acima das expectativas e um release bem completo. 

As vendas totais atingiram R$ 4,6 bilhões no trimestre, crescimento de 8% sobre o resultado do 2T22.

O indicador vendas nas mesmas lojas (SSS) registrou alta de 6,5% na comparação anual, com destaque para os segmentos de serviços, entretenimento (+12%) e alimentação (+9%). Diante do portfólio premium, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) foi de 10,5%, cerca de 7,1 p.p. acima do IGP-M

A taxa de ocupação média foi de 92,4%, ainda abaixo da média dos pares, mas com tendência positiva para a segunda metade do ano, visto que os últimos meses apresentaram recorde de assinaturas de contratos de locação. 

O custo de ocupação se mostrou bem controlado, na casa de 11,3%, em linha com o restante da indústria. Outra linha importante é a inadimplência, que permaneceu em níveis mínimos (0,1%).

Receita líquida cresce 16,4% na comparação anual

Diante da boa performance dos empreendimentos, a receita líquida da Iguatemi atingiu R$ 308 milhões no trimestre, crescimento de 16,4% em relação a 2022.

Já na parte digital (I-Retail e Iguatemi 365), os resultados continuam com pouca tração. A receita líquida atingiu R$ 30,8 milhões, crescimento de 22,9% na comparação anual.

A queima de caixa foi de R $7,8 milhões, menor do que os trimestres anteriores, mas ainda demonstrando poucos resultados após o plano de eficiência da companhia.

Ebitda ajustado da Iguatemi tem alta de 18,6%

O Ebitda ajustado alcançou R$ 209 milhões no trimestre, 18,6% acima do 2T22, com boa recuperação de margem para 67,9%, novamente fundamentada pela ótima performance dos empreendimentos físicos.

Ao final, o FFO (Fluxo de caixas operacional) foi de R$ 128,9 milhões, aumento de 52,3% na comparação anual e ganho de 9,9 p.p. de  margem (41,9%).

Com a boa performance operacional, a Iguatemi encerrou o trimestre com um múltiplo Dívida líquida/Ebitda de 2,36x, nível ligeiramente abaixo dos últimos períodos. Vale citar a economia no custo da dívida, tendo em vista a liquidação da debênture mais cara da companhia em maio.

Para finalizar, a empresa também comunicou a aprovação do plano de recompra de ações no montante de até R$ 137 milhões, equivalente a 2,9% das units em circulação

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IGTI11: recomendação de compra

Assim como Multiplan (MULT3), a Iguatemi adiantou bons números de vendas em julho, com crescimento estimado de 11,3%.

Em geral, os números da companhia vieram sólidos, alinhados ao guidance divulgado no início do ano. Para o segundo semestre, no qual há uma base comparativa mais exigente, possivelmente veremos um aprimoramento das margens da empresa.

Negociando 12 vezes FFO para 2024, entendemos que a ação de IGTI11 se encontra em um patamar interessante para compra e, portanto, segue como recomendação da Empiricus.

Sobre o autor

Caio Araújo

Administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e profissional da Empiricus Research desde 2016. Com certificação CNPI, é o analista de Real Estate e responsável pela série Renda Imobiliária, que atua no mercado de fundos de investimento imobiliários.