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Iguatemi (IGTI11) encerra 2023 com ótimos números e divulga guidance para 2024; veja a recomendação da Empiricus Research

Vendas totais da Iguatemi no 4T23 atingiram R$ 5,9 bilhões, aumento de 11,7% no comparação anual.

Por Caio Araújo

21 fev 2024, 10:04 - atualizado em 21 fev 2024, 10:05

IGTI11 HGCR11

Na noite de ontem (20), a Iguatemi (IGTI11) divulgou seus resultados operacionais do 4T23, encerrando o ano com ótimos números e divulgando o guidance para 2024.

Conforme antecipado na prévia operacional, as vendas totais atingiram R$ 5,9 bilhões no trimestre, um aumento de 11,7% em relação ao resultado do 4T22.

O indicador de vendas nas mesmas lojas (SSS) registrou alta de 9,1% na comparação anual, com destaque para os segmentos de alimentação (+11,2%) e moda (+10,2%). Diante do portfólio premium, o aluguel nas mesmas lojas (SSR) foi de 6,6%, um crescimento real de 5,4 pontos percentuais.

A taxa de ocupação média do portfólio de shoppings foi de 94,5% no trimestre e encerrou o ano em 95,1%, em linha com a média nacional. Em 12 meses, houve um aumento de 2 p.p. nesta linha, conforme projetado em relatórios anteriores.

O custo de ocupação mostrou-se bem controlado, na casa de 11,1%, em linha com o restante da indústria. Outra linha importante é a inadimplência, que registrou um valor negativo (-1,7%). Esses indicadores são importantes para demonstrar a capacidade de leasing spread positivo nos aluguéis ao longo dos próximos trimestres.

Já na parte digital (I-Retail e Iguatemi 365), o resultado finalmente atingiu o breakeven no trimestre, com geração de caixa de R$ 4,3 milhões. Após um robusto corte de custos e ajuste na prateleira de produtos, a lucratividade da operação digital demonstra o comprometimento do management com essa parte do negócio.

Receita líquida da Iguatemi cresce 14,7% em 2023

Diante da boa performance dos empreendimentos, a receita líquida da Iguatemi atingiu R$ 330 milhões no trimestre (ajustada pela linearização dos descontos), um crescimento de 8,7% em relação ao 4T22. No ano, a linha fechou em R$ 1,23 bilhão, um aumento de 14,7% na comparação com 2022.

De acordo com o guidance, espera-se uma elevação de 4% a 8% na receita líquida dos shoppings para 2024.

O Ebitda ajustado alcançou R$ 263,9 milhões no trimestre, 29,4% acima do 4T22, com uma ótima margem de 79,8%, fundamentada pela excelente performance dos empreendimentos físicos, pela contenção de despesas e pela venda de uma fração de terreno do Iguatemi Campinas por R$ 24,9 milhões. No ano, a margem EBITDA encerrou em torno de 75%, que é o piso do guidance para 2024 – este nível de rentabilidade está acima das nossas estimativas e do mercado.

Ao final, o FFO (Fluxo de Caixa Operacional) ajustado foi de R$ 177,9 milhões, um aumento de 9,2% na comparação anual e um ganho de 0,3 p.p. de margem (53,8%). Ao final de 2023, observou-se um crescimento impressionante de 33,3% nesta linha, alcançando R$ 563 milhões.

Com a boa performance operacional, a Iguatemi encerrou o trimestre com um múltiplo Dívida Líquida/EBITDA de 1,91x, um nível bem controlado.

IGTI11 é a preferência no setor de shoppings center

Em geral, os números da companhia vieram sólidos, em linha com o restante do ano. Diante da elevada régua de estimativas, não esperamos uma reação destacada no pregão de hoje (21) – inclusive, em caso de correção no preço das ações, interpretamos como oportunidade de compra.

Negociando a 10,9 vezes o FFO para 2024, seguimos com preferência para as ações de IGTI11 no setor de shopping centers.

Caso tenha interesse em conhecer 10 recomendações da Empiricus Research para fevereiro, clique aqui para ter acesso ao relatório completo.

Sobre o autor

Caio Araújo

Administrador de empresas formado pela Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV) e profissional da Empiricus Research desde 2016. Com certificação CNPI, é o analista de Real Estate e responsável pela série Renda Imobiliária, que atua no mercado de fundos de investimento imobiliários.