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Imersão Marketing: evento da Empiricus aborda as oportunidades e os principais erros de copywriters e profissionais de marketing; confira

Ontem (26), mais de 30 formandos do MBA de Marketing e do CopyCamp puderam ouvir insights e tirar dúvidas com os especialistas da Empiricus.

Por Nicole Vasselai

27 ago 2024, 09:46 - atualizado em 27 ago 2024, 09:49

Imersão Marketing: evento da Empiricus aborda as oportunidades e os principais erros de copywriters e profissionais de marketing; confira

Da esquerda para a direita, Marina Gazzoni, Natalia Santos, Adilson Mateucci e Jonathan Macedo palestram em evento da Empiricus. Divulgação: Empiricus

Mesmo quem tem mais expertise comete erros de principiante“. É com essas palavras que Beto Altenhofen, CMO da Empiricus, abre o Imersão Marketing – evento de encerramento do Copycamp e do MBA de Marketing em parceria com a FAAP.

A imersão ocorreu nesta segunda-feira (26), no auditório do BTG Pactual, em São Paulo, e reuniu mais de 30 ex-alunos para ouvirem insights e tirarem suas dúvidas com especialistas em marketing, copywriting e conteúdo da Empiricus.

Além de Altenhofen, passaram pelo palco Marina Gazzoni, diretora executiva de conteúdo, Renato Torelli, copywriter, Natalia Santos, head de social media, Adilson Mateucci, gerente de projetos, e Jonathan Macedo, especialista em tráfego pago.

‘Mesmo quem tem mais expertise comete erros de principiante’

Na visão do diretor de marketing da Empiricus, até o profissional com maior experiência em copywriting vai cometer erros típicos de um iniciante.

“Se uma copy trouxe um ROI [retorno sobre investimento] de 15 vezes, você errou ao investir só o tanto que você investiu na campanha. Deveria ter investido mais. É a mesma lógica para quem compra uma ação – se você comprou e a ação disparou depois disso, mas você só investiu mil reais, você deveria ter investido mais. Se a cotação ficou parada ou caiu, você nem deveria ter investido”, ilustra Altenhofen.

Você precisa saber o que está vendendo e para quem

Para o copywriter, um dos erros mais comuns é não pensar em qual exatamente é o objetivo final do seu público e, com isso, ter uma baixa conversão.

Como exemplo, ele cita alguém que goste de café. “Você precisa entender se o que a pessoa quer é receber o produto final ou se é, por exemplo, fazer um curso de barista. Quem quer um curso de barista não quer um café, quer um ritual“.

Por muito tempo, ele conta, a Empiricus, como casa de análise, vendia apenas relatórios e cursos para que a pessoa física se inteirasse do processo para investir. “Mas descobrimos recentemente que na verdade o que o investidor quer, em sua maioria, é ter a chance de ganhar dinheiro apertando um botão, e não tendo que assistir a várias aulas, ler muitos relatórios. A gente estava vendendo curso e a pessoa queria dinheiro”, compartilha Altenhofen.

Imersão Marketing
Beto Altenhofen fala sobre os erros de principiante dos copywriters em evento da Empiricus. Divulgação: Empiricus

Copywriting: histórias conectam e vendem

Tanto Altenhofen quanto Santos, head de redes sociais, destacaram a importância, no caso do mercado financeiro, das histórias pessoais para aumentar a conversão.

“Ao tentarmos vender um conteúdo de day trade, os posts que mais fizeram sucesso nas redes sociais foram os que contavam a trajetória do trader especialista – ele no estádio de futebol curtindo o fim de semana, foto dele começando a operar o day trade há 20 anos ou comemorando a entrada da sua filha na faculdade”, conta Santos.

Já os posts que falavam “veja como operar de forma segura”, de cunho mais técnico, não converteram bem, segundo ela. “No fundo, as pessoas precisam criar uma conexão com o que está sendo vendido, ver que ali também existe uma pessoa como elas”, comenta.

Marketing pago: ‘Queira pagar mais caro pelo lead’

Em relação à estratégia de tráfego pago, ou seja, de pagar para atingir um lead, Altenhofen destaca quão prejudicial pode ser economizar nessa etapa.

“Se eu puder dar uma dica, diria que você deveria querer pagar mais por um lead, porque isso aumenta a garantia de que ele seja mais qualificado e tenha maiores chances de converter. É a mesma lógica de se encontrar um Corsa por R$ 5 mil e outro por R$ 25 mil – provavelmente você desconfiaria de que o que está muito mais barato está em pior estado”, exemplifica.

Para o CMO da Empiricus, mesmo que o lead mais barato traga volume, tende a derrubar a taxa de conversão, justamente por se tratar de uma captação em “mar aberto”. “Às vezes você está pagando barato pelo lead, mas ao longo do funil ele não vai ser convertido, justamente porque está capturando várias pessoas que podem não ter o menor interesse no seu produto ou serviço”.

Inteligência artificial pode ajudar o marketing da sua empresa?

A inteligência artificial também esteve entre os temas abordados no evento. Na visão de Macedo, profissional experiente em marketing pago, e de Altenhofen, as ferramentas de IA têm seu papel, mas é preciso ter parcimônia.

Inteligência artificial pode ser interessante para ganhar escala no marketing, mas é importante ter um ponto de partida bem definido”, comenta Macedo. “Por exemplo, você pode pedir para uma ferramenta criar anúncios parecidos com algum que a sua empresa fez para ter mais opções naquele estilo, mas, ainda assim, repare que o primeiro anúncio foi criado pela sua equipe, ou seja, você deu um parâmetro para a IA”.

Como complemento, Altenhofen reforça as limitações de se pedir para uma ferramenta criar do zero uma campanha, por exemplo.

“A inteligência artificial se baseia em coisas que já existem na internet, e se você pedir para ela criar um anúncio sobre tal tema, ele vai entregar algo genérico tanto para você quanto para o concorrente. Pra ser algo que faça sentido pro seu negócio, a IA teria que conhecer muito bem a persona, o perfil de público, que é algo que você vai saber muito melhor do que qualquer ferramenta”.

Sobre o autor

Nicole Vasselai

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.