A Intelbras (INTB3) divulgou bons números referentes ao 1T24, que vieram acima das nossas expectativas e do mercado, com destaque para as margens do negócio.
No 1T24, a receita operacional líquida da companhia foi de R$ 1,0 bilhão, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior. Nesse caso, a estabilidade é uma sinalização positiva, visto que a companhia vem de três trimestres seguidos com queda no faturamento.
Crescimento anual de 5% na receita líquida ainda é bastante incipiente
Por linha de negócio, a vertical de segurança segue em processo de recomposição de estoques na fábrica de Manaus, após normalização dos efeitos da seca do Rio Amazonas no último ano. Assim, o crescimento anual de 5% na receita líquida ainda é bastante incipiente e deve acelerar nos próximos trimestres.
A linha de Comunicação apresentou leve queda de 2%, com os novos projetos e parcerias ainda em fase de ramp-up, devendo ganhar tração nos próximos trimestres.
Já em Energia, a receita líquida caiu 8% – queda significativamente menor que nos trimestres anteriores –, ainda refletindo a contração do mercado de energia solar na visão anual.
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Margem bruta é destaque no resultado de Intelbras
Destaque do resultado, a margem bruta aumentou 2,3 pontos percentuais em relação ao 1T23, atingindo 31,6%. A evolução vem, principalmente, do segmento de Energia, os estoques de painéis voltaicos renovados e, por isso, com uma base de custo menor. Com um leve crescimento das despesas operacionais (abaixo da inflação no período), o Ebitda cresceu 16%, para R$ 167 milhões, com margem de 16,1% (+2,2 p.p vs 1T23).
Finalmente, o lucro líquido acompanhou o crescimento do lucro operacional, aumentando 17% em relação ao 1T23 e totalizando R$ 154 milhões no trimestre. O ROIC, importante métrica para mensurar o retorno sobre o capital empregado, segue elevado, em 24%.
O que achamos dos resultados do 1T24 de Intelbras
Em suma, gostamos dos números da Intelbras no trimestre. Enquanto a receita, apesar de ainda tímida em relação aos padrões históricos, mostra potencial de acelerar nos próximos trimestres, as margens do negócio estão muito robustas. Se a empresa mantiver essa eficiência operacional, podemos esperar uma expansão de lucros ainda mais robusta do que a vista no 1T24. Com a ação sendo negociada a menos de 10 vezes os lucros projetados para este ano e um ROIC acima de 20%, a perspectiva para INTB3 é bastante positiva.
A Intelbras (INTB3) segue como uma recomendação de compra da Empiricus Research.
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