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Investimentos

Intelbras (INTB3) cresce significativamente no 3T22 e pode se tornar grande pagadora de dividendos; análise

Empresa aumenta receita em 49,2% na comparação anual e deve seguir gerando bons retornos para o acionista

Por Richard Carboni Camargo

01 nov 2022, 11:03 - atualizado em 01 nov 2022, 11:03

Imagem: Divulgação/Intelbras

A Intelbras (INTB3) divulgou, na noite da última segunda-feira (31), seus resultados referentes ao 3T22. Os números apresentaram forte crescimento orgânico, expansão de margens e geração de caixa.

No trimestre, sua receita totalizou R$ 1,13 bilhão, crescimento de 49,2% na comparação anual e 11,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Olhando apenas para o componente orgânico e deixando de lado a incorporação da Renovigi (desde de maio deste ano), o crescimento foi de 33% na comparação anual, em linha com o esperado pelo mercado.

Linha de Segurança cresce vendas em 22% e é destaque

Entre as suas linhas de negócios, o destaque mais uma vez foi a divisão de Segurança, com vendas de R$ 503 milhões, com crescimento de 22% na comparação anual e agora representa 44% das receitas totais da companhia.

A ser observado nos próximos trimestre será a performance da divisão de Energia. A incorporação da Renovogi fez as receitas crescerem 180% na comparação anual, porém os números ainda vieram aquém das expectativas.

O Ebitda do grupo foi de R$ 148 milhões, crescimento de 66% na comparação anual, com margem de 13%, uma expansão de 1,4 ponto percentual na comparação anual.

Ao final do trimestre, a Intelbras somou um lucro líquido de R$ 122 milhões, 38% maior na comparação anual.

A geração de caixa livre foi de R$ 211 milhões e fez com que o caixa da companhia alcançasse R$ 903 milhões no 3T22, contra R$ 654 milhões no 2T22.

Intelbras tem potencial para se tornar uma ‘vaca leiteira’

Desde o IPO, a empresa vem apresentando números consistentes, marcados por ótima execução e uma alocação de capital adequada ao conturbado cenário macroeconômico.

Na Empiricus, recomendamos as ações em nosso portfólio de “Bezerras”, que são ações com alto potencial de se tornarem grandes pagadores de dividendos no futuro.

Neste momento, vemos a empresa negociando a 19 vezes os lucros estimados para os próximos 12 meses. Apesar de não ser barata, essa é uma história de investimento com crescimento orgânico rodando num ritmo de 30% ao ano, capacidade de expansão de margens e perfil conservador de alocação de capital (a empresa é caixa líquido), o que nos deixa confortáveis com a capacidade da empresa em seguir gerando bons retornos para o acionista.

Desde a sua inclusão no portfólio, INTB3 sobe aproximadamente 25%.

Economista formado pela Universidade de São Paulo (FEA-USP), é analista de ações certificado pelo CNPI, especialista no setor de tecnologia, com foco em ações internacionais. Está na Empiricus há 5 anos, onde é responsável por relatórios nacionais e internacionais, como o MoneyBets Revolution, um portfólio de teses especulativas em segmentos como healthtech, energia sustentável, software e games. Antes da Empiricus, trabalhou por 5 anos no setor de tecnologia.