A Intelbras (INTB3) divulgou seus números referentes ao 2T23, que vieram levemente abaixo do consenso de mercado, especialmente por conta da retração do segmento de Energia Solar.
No trimestre, a companhia reportou uma receita operacional líquida de R$ 971 milhões, o que representa uma queda de -6,4% na comparação sequencial e de -4,4% na comparação anual.
A queda se deu especificamente pela redução na demanda por microgeração distribuída, enquanto nos demais negócios (Comunicação e Segurança) a empresa apresentou crescimento. Com isso, esses dois negócios passaram a representar 82% do faturamento contra apenas 18% de Energia.
Apesar da queda no faturamento, o lucro bruto avançou 19,1% em relação ao mesmo período do ano anterior e 2% em relação ao 1T23, refletindo o giro de estoque e a composição da receita que hoje é menos dependente da unidade de Energia.
Por outro lado, as despesas operacionais da Intelbras cresceram de forma mais acelerada do que o faturamento, de modo que houve uma perda de eficiência operacional conjunturalmente.
De todo modo, a perda de eficiência foi menor do que os ganho de margem bruta, de modo que o ebitda alcançou R$ 138 milhões (queda de -4,3% versus o 1T23) e a margem ebitda avançou 0,3 pontos percentuais, atingindo 14,2%.
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Lucro líquido cresce 22% na comparação anual
Como a empresa é caixa líquido, o resultado financeiro não machucou o seu resultado final. Com isso, o lucro líquido foi de R$ 118 milhões, crescimento de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior e queda de 10,6% contra o 1T23, com uma margem líquida de 12,2% (2,6 pontos percentuais superior ao segundo trimestre de 2022).
O ROIC, importante métrica para mensurar o retorno sobre o capital empregado, atingiu 24,9%, 5,6 pontos percentuais acima do mesmo período do ano anterior.
INTB3 segue com recomendação de compra
Embora o segmento de Energia Solar tenha desapontado e apresentado números mais fracos do que nossas estimativas, que já eram conservadoras, esse resultado trouxe dois pontos positivos: tanto o segmento de Segurança (+16,5% versus 2T22) quanto o de Comunicação (+18,4% versus 2T22) seguem crescendo de forma saudável e, além disso, que a companhia segue bastante atenta às margens, tendo apresentado evolução na comparação sequencial e na anual nos três segmentos.
Negociando a 12 vezes os seus lucros para 2024, a Intelbras (INTB3) segue como uma recomendação de compra da Empiricus Research.