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IPO da Robinhood era roubada – e nós avisamos; saiba agora quais são as melhores ações para investir no exterior

Corretora americana chegou a despencar 10% em seu primeiro pregão na Nasdaq; é preciso ter cautela para investir fora do país

Por João Escovar

02 ago 2021, 17:07

O aviso foi dado na semana passada. Como você pode conferir nesta matéria (clique aqui), publicada no dia 27 de julho, nós explicamos aqui no site da Empiricus porque o IPO da Robinhood, polêmica corretora dos Estados Unidos, poderia ser uma furada para o investidor. Dois dias depois, a ação estreou na Nasdaq e o resultado foi esse:

  • Preço: US$ 38, piso da faixa-alvo;

  • Preço ao fim do 1º pregão: US$ 34,82 – ou seja, queda de 8,37%

Embora a ação de Robinhood tenha recuperado parte das perdas até o fechamento da semana (ficou cotada a US$ 35,15), isso não foi suficiente para compensar a derrubada na estreia, principalmente para os investidores que tinham a intenção de “flipar” – termo utilizado para descrever o comportamento de entrar em um IPO para vender a ação logo no primeiro dia, em busca de valorização imediata.

IPOs exigem cuidado

Com a recente onda de ofertas públicas iniciais de ações (IPOs), especialmente no Brasil, acompanhada de algumas altas espetaculares no primeiro dia de negociação, como as de SmartFit (SMFT3), que subiu 35%, e Multilaser (MLAS3), que se valorizou em 17%, muitos investidores se sentem tentados a entrar em todas as aberturas de capital, em busca de lucros incomuns em um prazo tão curto de tempo. Entretanto, é preciso ter cuidado.

Segundo o estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda, os IPOs podem, de certa maneira, distorcer o mercado: como as avaliações das empresas ainda não estão totalmente incorporadas aos modelos dos analistas, essas ações podem ser pontos fora da curva, tanto para cima como para baixo.

Isso possibilita estreias espetaculares, como a da SmartFit, como derrocadas decepcionantes, como a da Robinhood. Por isso, é importante que o investidor saiba separar o joio do trigo, avaliando os fundamentos e riscos de cada empresa – e não apenas entrar na moda de IPOs ou buscar ganhar no curtíssimo prazo.

Reveja, por exemplo, a declaração dada por Rodrigo Knudsen, gestor de fundos da Vitreo, antes do IPO da Robinhood.

“Não vejo sentido em entrar no IPO para flipar, mas sim em adquirir uma ação pensando no longo prazo. Não vou dizer que nunca compraria Robinhood, pois depende de um ajuste do modelo da empresa e também do preço. O valor que estão pedindo é muito alto para o risco a que o investidor se expõe”.

O motivo do “pé atrás”

A Robinhood é uma corretora com um modelo de negócio marcado pela abertura de investimentos mais sofisticados a qualquer pessoa física, sem cobrança de taxas de corretagem, mas associado a más práticas de mercado, que podem induzir seus próprios clientes ao erro.

Ao permitir que qualquer usuário opere com ativos de risco, como ações, opções, ETFs e criptomoedas, além de oferecer frações de ações por US$1, por exemplo, tudo isso sem cobrar taxas e dentro de uma plataforma gamificada (assemelhada a um ambiente de jogos), a Robinhood conseguiu uma expansão muito forte na pandemia.

Com as pessoas presas em casa, dificuldades financeiras e apostas esportivas paralisadas, o número de clientes da plataforma subiu de 8,6 milhões para 17,7 milhões de usuários. A receita subiu 245% em 2020 e 309% no 1º trimestre de 2021 em relação ao mesmo período do ano passado.

Essa explosão, contudo, é sustentada por uma série de polêmicas. A corretora vira e mexe está no centro de escândalos, como o suicídio de um investidor que acreditou ter perdido mais de US$ 700 mil e o caso Gamestop (saiba mais aqui) e é acusada de não ser totalmente transparente com seus usuários, especialmente sobre como ganha dinheiro. Além disso, a crítica pesa sobre o fato de a experiência do investidor ser similar à de um apostador.

“É uma empresa que está fazendo os investimentos virarem videogame. Deixam um monte de gente operar sem ter dinheiro e depois tem que cancelar, proibir. É um modelo que parece uma brincadeira”, criticou Knudsen.

Invista no exterior com mais inteligência

Não é porque o IPO da Robinhood foi uma furada que não vale a pena investir na bolsa americana. Pelo contrário: os investimentos no exterior, especialmente nos Estados Unidos, o mercado mais sólido do mundo, são atrativos para quem deseja rentabilizar seu patrimônio e protegê-lo do risco-Brasil e da variação cambial. 

Quando o mercado americano é somado ao segmento de tecnologia, os investimentos parecem quase irresistíveis. Afinal, é nos Estados Unidos que estão algumas das gigantes globais de tecnologia. Empresas como Apple, Google, Amazon, Microsoft fizeram dos seus fundadores os homens mais ricos do mundo e quem investiu nelas alguns anos atrás deu um salto no seu patrimônio.

Contudo, é preciso ter cuidado para não sair investindo em uma Robinhood da vida só porque ela é uma empresa tech e levar enormes tombos em questão de horas. Uma maneira de evitar que isso aconteça é acessando ativos estrangeiros de maneira indireta, ou seja, a partir de fundos de investimento.

Um desses produtos, recomendados inclusive por Knudsen, que alertou sobre os perigos da Robinhood, é o Vitreo Tech Select. Ele reúne as empresas de maior sucesso no ramo tecnológico mundial, como Facebook, Amazon, Apple, Google, Netflix e Microsoft, além de algumas ações promissoras que podem trazer ganhos exponenciais.

As grandes vantagens do Tech Select são a possibilidade de se tornar sócio das empresas mais conhecidas e sólidas do planeta sem precisar ser um investidor qualificado, falar inglês, ter conta no exterior ou dólar. Observe abaixo suas principais características:

  • Investimento a partir de R$ 1.000 (ou aportes de R$ 100);

  • Não precisa ter conta no exterior ou dólar;

  • Disponível para o público em geral;

  • Rendeu 58% desde junho de 2020, contra 36% do S&P500

  • Não cobra taxa de performance;

  • Taxa de administração de apenas 0,9% (R$ 0,90 a cada R$ 100 investidos)

Além disso, ao investir em um fundo como o Tech Select, você conta com a expertise de profissionais como Knudsen que, todos os dias, estarão avaliando quais as melhores ações para compor seu portfólio. Se um IPO valer a pena, por exemplo, eles entrarão. E se uma ação do fundo estiver supervalorizada, eles venderão para evitar prejuízos no futuro.

Você ainda não conhece a Vitreo?

Criada com o objetivo de trazer investimentos mais sofisticados para qualquer pessoa, prezando sempre pela transparência, a Vitreo é uma plataforma com mais de R$ 12 bilhões sob custódia – e o volume cresce a cada dia.

Além das aplicações mais tradicionais, como renda fixa, tesouro e ações, a Vitreo conta com uma série de fundos inspirados em carteiras de sucesso ou montados para investidores que gostam de determinados segmentos, como o Tech Select, feito para quem acredita no potencial de retorno da indústria tecnológica.

Clicando no botão abaixo, você pode acessar todas as informações sobre o Tech Select, como rentabilidade passada e taxas, antes de tomar qualquer decisão financeira.

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Sobre o autor

João Escovar

Jornalista formado pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduado em Finanças.