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Magazine Luiza (MGLU3) divulga maior prejuízo desde IPO: como interpretar o resultado? Fernando Ferrer traz análise

No 1T23, a varejista reportou prejuízo 142% maior em comparação anual, mas nas lojas físicas as vendas cresceram 8% e, no e-commerce, 11,1%

Por Nicole Vasselai

16 maio 2023, 15:46 - atualizado em 16 maio 2023, 15:47

Magazine Luiza varejistas
Foto: Divulgação/ Magazine Luiza

Na manhã desta terça-feira (16), o Magazine Luiza (MGLU3) divulgou seu resultado referente ao 1T23, que reportou o pior prejuízo desde o IPO (Oferta Pública Inicial) da companhia em 2011. Em relação ao 1T22, o indicador subiu 142%, registrando R$ 391,2 milhões.

E, no intraday, o mercado parece “fugir” do ativo. A ação da varejista já derreteu mais de 16% desde a abertura do mercado – foi de R$ 3,95 (às 10h30) a R$ 3,66 (às 14h15).

Os resultados do 1T23 de Magazine Luiza em si

Em relação às demais linhas do balanço, a receita líquida cresceu 3,5% no mesmo período, para R$ 9,067 bilhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 4,5% em comparação anual, batendo R$ 324,1 milhões. A margem Ebitda diminuiu levemente de 3,9% para 3,6% do 1T23 para o 1T22.

O lucro líquido ajustado cresceu 213%, chegando a R$ 309,4 milhões, avanço anual de 213%, e o Ebitda ajustado subiu 3,2% (R$ 448 milhões), e a margem Ebitda caiu 0,1 p.p., para 4,9%.

De forma geral, o faturamento total de Magazine Luiza, incluindo marketplace, aumentou em 10,1% e as vendas do e-commerce subiram 11,1% no 1T23. Nas lojas físicas, as vendas foram de R$4 bilhões no trimestre, crescendo 8%.

Também houve um corte de 175 lojas e quiosques de 1T22 para 1T23 (caiu de 1477 para 1302).

Dado o cenário, o que fazer com a ação?

No Giro do Mercado de hoje (programa apresentado todo dia ao vivo, às 12h, no YouTube da Empiricus), Paula Comassetto convidou Fernando Ferrer, analista da Empiricus Research, para comentar a situação atual de Magazine Luiza.

Operacionalmente, o especialista acredita que a empresa esteja bem e tenha boas avenidas de crescimento. E ressalta principalmente a vertical de Magalu Entregas, que tem trazido bons frutos para a varejista.

No entanto, chama atenção para a questão do momento que o comércio eletrônico como um todo está vivendo, muito por conta da taxa de juros elevada: “É mais sobre o ciclo e menos sobre a companhia em si. Em 2021 e no final de 2020, vivemos um ciclo de expansão muito grande no varejo de e-commerce. Agora estamos vendo uma normalização desse ciclo”.

Diante desse cenário, o que fazer com a ação? E como a empresa está em relação às concorrentes?

Fernando responde a essa questão com detalhes no programa, disponível a seguir:

Sobre o autor

Nicole Vasselai

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.