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Medalha de ouro? Grupo SBF (SBFG3) tem melhor 2º tri de sua história no 2T24, com ganho de margem e crescimento robusto

O lucro líquido ajustado de SBF foi de R$ 73 milhões no 2T24, revertendo o prejuízo de R$ 912 mil do 2T23.

Por Henrique Cavalcante

29 jul 2024, 10:53 - atualizado em 29 jul 2024, 10:53

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Imagem: Divulgação/Centauro/Marcelo Pereira

O Grupo SBF (SBFG3) divulgou números fortes e acima das expectativas no segundo trimestre de 2024 (2T24). Com um robusto ganho de margem (e sem abrir mão do crescimento!), o resultado reforça a estratégia da companhia de colocar o seu lucro líquido em um novo patamar e reduzir a alavancagem financeira.

Recomposição de preços do Grupo SBF impulsionou margem bruta e crescimento

A receita líquida consolidada aumentou 7,6% na comparação anual, para R$ 1,7 bilhão, com Fisia (+9,3%) e Centauro (+7,1%) contribuindo positivamente para o resultado. Considerando o processo de recomposição de preços em curso, que seguiu impulsionando a margem bruta, o nível de crescimento registrado no 2T ganha ainda mais destaque.

O Grupo consolidou uma margem bruta de 49,8%, um notável ganho de 2,5 pontos percentuais em relação ao 2T23.

Fisia (Nike Brasil) mantém potencial de atingir rentabilidade estruturalmente maior

Apesar de já incorporarmos uma evolução gradual nas margens, decorrente da redução gradual dos descontos, o poder de preço da Fisia surpreendeu as nossas expectativas, assim como a recuperação do canal de Atacado.

O resultado reforça ainda mais a nossa visão de que a Fisia, que atingiu a maior margem bruta dos quase 4 anos de vida (44,0%), tem potencial para alcançar uma rentabilidade estruturalmente mais elevada que a sua média histórica, dado que a operação passou por uma grande transformação recente e se encontra bem mais eficiente.

Refletindo a eficiência operacional que vem sendo implementada desde o 3T23, as despesas com vendas, gerais e administrativas (ex-IFRS) representaram 39,5% da receita líquida no trimestre, uma redução de 2,0 p.p. em relação ao 2T23.

Assim, o Ebitda ajustado (ex-IFRS) atingiu R$ 176 milhões (+90,5% vs. 2T23), com margem de 10,3% (+4,5 p.p.). No fim, o lucro líquido ajustado (ex-IFRS) foi de R$ 73 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 912 mil do 2T23.

Geração de Caixa de SBF surpreendeu positivamente

Outro destaque positivo foi a geração de caixa no período. O Grupo registrou fluxo de caixa operacional de R$ 233 milhões, frente a R$ 17 milhões no 2T23, impulsionado pelo crescimento do lucro operacional e forte melhoria no capital de giro com a redução do nível dos estoques.

A alavancagem financeira também segue dentro do plano, caindo para 1,1 vezes Dívida Líquida/Ebitda no trimestre — há 12 meses, estava em 3,1 vezes.]

Plano de ação da companhia segue a todo vapor

Em resumo, vimos no trimestre o plano de ação comunicado pela companhia sendo executado com muita eficácia, dando continuidade aos três últimos resultados.

Esse caminho deve ser trilhado através da i) recomposição gradual de preços na Fisia; ii) manutenção de uma estrutura operacional mais eficiente; iii) oportunidades de melhorias no capital de giro; iv) menores despesas financeiras; e v) capex e endividamento controlados.

Negociando a atrativas 8x os seus lucros projetados para este ano e 6x para 2025, e com a operação no caminho correto para atingir os seus objetivos, o Grupo SBF (SBFG3) segue como recomendação de compra da Empiricus Research.

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Sobre o autor

Henrique Cavalcante

Formado em Economia com ênfase em Finanças Corporativas, Henrique Cavalcante atua como Analista de Ações na Empiricus, cobrindo os setores de Varejo, Saúde e Infraestrutura. Integra a equipe que comanda a Carteira Empiricus, o portfólio multimercado que é o carro-chefe da casa.