Um tom positivo com cautela. Nesta quarta-feira (16/03), os mercados abriram um pouco mais otimistas por conta de três notícias, A China informou que deverá lançar políticas favoráveis às Bolsas e ao mercado de capitais em geral e que tomará medidas para impulsionar o crescimento econômico e driblar os efeitos do lockdown para conter a Covid-19 em algumas localidades como ShenZhen e os efeitos da guerra.
Quanto ao conflito entre Rússia e Ucrânia, os dois países sinalizam avanços nas negociações para chegar a um acordo.
Outro alívio é que o governo russo russo iniciou o pagamento de juros da dívida, afastando momentaneamente o temor sobre um default iminente, porém, ainda é um ponto de alerta.
É o que comentou Felipe Miranda, em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram.
Diante desses fatores, segundo ele, houve uma grande disparada de algumas ações de empresas de tecnologia como Didi Global, Tencent e Alibaba e, somado a isso, novas altas das commodities, em especial do minério de ferro. “Isso é positivo e se desdobra para mercados emergentes”, afirmou.
Super-Quarta: altas de juros aguardadas
Hoje é um dia importante em relação à política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.
De acordo com Felipe Miranda, a expectativa do mercado é que o Fed (banco central americano) eleve os juros em 25 pontos-base.
Por aqui, o consenso migrou para uma projeção de alta de 1 ponto percentual na taxa Selic. “A queda das commodities nos últimos dias, ainda muito voláteis evidentemente, permitem na leitura no mercado, um aumento de apenas 1 ponto na Selic, que iria para 11,75% ao ano”, disse.
Para Felipe, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve manter a “porta aberta” para outros incrementos na taxa básica de juros devido ao cenário de incertezas.