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Mercado tem alívio com medidas da China para impulsionar a economia e negociações entre Rússia e Ucrânia e está de olho nas decisões Super-Quarta

Persiste a alta volatilidade diante incertezas, mas o tom é um pouco mais positivo; hoje, são aguardadas as decisões sobre juros nos EUA e no país; confira

Por Daniela Rocha

16 mar 2022, 10:47 - atualizado em 16 maio 2022, 20:14

Um tom positivo com cautela. Nesta quarta-feira (16/03), os mercados abriram um pouco mais otimistas por conta de três notícias, A China informou que deverá lançar políticas favoráveis às Bolsas e ao mercado de capitais em geral e que tomará medidas para impulsionar o crescimento econômico e driblar os efeitos do lockdown para conter a Covid-19 em algumas localidades como ShenZhen e os efeitos da guerra.

Quanto ao conflito entre Rússia e Ucrânia, os dois países sinalizam avanços nas negociações para chegar a um acordo.

Outro alívio é que o governo russo russo iniciou o pagamento de juros da dívida, afastando momentaneamente o temor sobre um default iminente, porém, ainda é um ponto de alerta.

É o que comentou Felipe Miranda, em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram.

Diante desses fatores, segundo ele, houve uma grande disparada de algumas ações de empresas de tecnologia como Didi Global, Tencent e Alibaba e, somado a isso, novas altas das commodities, em especial do minério de ferro. “Isso é positivo e se desdobra para mercados emergentes”, afirmou. 

Super-Quarta: altas de juros aguardadas

Hoje é um dia importante em relação à política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. 

De acordo com Felipe Miranda, a expectativa do mercado é que o Fed (banco central americano) eleve os juros em 25 pontos-base.

Por aqui, o consenso migrou para uma projeção de alta de 1 ponto percentual na taxa Selic. “A queda das commodities nos últimos dias, ainda muito voláteis evidentemente, permitem na leitura no mercado, um aumento de apenas 1 ponto na Selic, que iria para 11,75% ao ano”, disse. 

Para Felipe, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve manter a “porta aberta” para outros incrementos na taxa básica de juros devido ao cenário de incertezas. 

 

Sobre o autor

Daniela Rocha

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI.