Recentemente, o Grupo SBF (SBFG3), dono das Lojas Centauro e representante oficial da Nike no Brasil, disponibilizou seus resultados referentes ao 1T22 e os números foram bastante positivos.
Fernando Ferrer, analista da série As Melhores Ações da Bolsa da Empiricus, comenta os pontos de destaque em seu relatório.
Vendas em mesmas lojas e Receita Líquida
O primeiro número analisado é o de vendas em mesmas lojas (SSS) da Centauro, que apresentou crescimento de 38% na comparação anual.
“Houve um maior fluxo das lojas em fevereiro e março com a recuperação da variante Ômicron, que atrapalhou um pouco a companhia em janeiro.”
A Fisia, que é a distribuidora da marca Nike, por sua vez, teve um crescimento muito relevante, de 88% na mesma base comparativa. Houve avanço nas vendas dos artigos e tênis nas lojas Centauro, porém, o destaque das operações foi da plataforma digital, um aumento de 156%.
Assim, a receita líquida do Grupo SBF chegou a R$ 1,3 bilhão, um crescimento de 61% em relação ao 1T21. “Não é todo varejo que vai mal neste ambiente macroeconômico mais desafiador”, afirma Ferrer diante do resultado.
Ele comenta que o varejo especializado, voltado a uma classe social mais alta, diferencia-se dos demais. Isso pois a Nike e a Centauro conseguem repassar preços por serem produtos aspiracionais. “A companhia como um todo conseguiu um resultado surpreendentemente positivo”, avalia Ferrer.
Sobre a plataforma de e-commerce, estão sendo feitos vários esforços para melhorar a interação com clientes, dentre os quais se destaca o lançamento de um aplicativo oficial, que não existe até o momento.
Lucro e Ebitda
Já o lucro bruto foi de R$ 620 milhões no trimestre, alta de 75%, e margem bruta de 46%, havendo ganho de 2,6 p.p, o que indica, segundo Ferrer, que a empresa repassa preços, ao enfrentar o aumento de custos.
O Ebitda do Grupo teve crescimento significativo, estabelecendo-se em R$ 185 milhões com margem de 14%, aumento de 9.2 p.p no período anual.
É importante ressaltar, no entanto, que o 1T21 foi relativamente fraco devido a todas as questões envolvendo a pandemia.
“A empresa segue bastante desalavancada, 0,7x Ebitda, e abriu muitas lojas na comparação anual, sendo 37 novas lojas”, destaca Ferrer.
Segundo o analista, os números demonstram a resiliência da companhia e a estratégia vencedora de uma plataforma omnichannel atuando no Brasil.
Além disso, uma notícia anunciada pela empresa foi a aquisição da plataforma de dança FitDance, visando incrementar o ecossistema SBF.
Outro aspecto importante divulgado pela companhia foi quanto à cadeia de suprimentos da Nike que, devido a questões de logística, não tem recebido as coleções conforme esperado.
“Isso não tem sido um problema tão sério, já que a marca tem apresentado crescimento robusto mesmo assim. Mas não deixa de ser algo que deve ser monitorado e observado em outras companhias”, enfatiza o analista.
Concluindo, Ferrer constata: “O resultado da companhia foi muito bom, acima das expectativas do mercado. Estou bastante animado com a capacidade da empresa de crescer e se reinventar. Negociando a 24x lucro, pode ser considerada barata no momento”.
Em vista do cenário macro desafiador e volátil, a posição na carteira foi mantida, mas Ferrer e a equipe de análise da série As Melhores Ações da Bolsa estão bastante otimistas em relação à tese.
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Além dos resultados da SBFG3, foram analisados diversos números de empresas disponibilizados recentemente para a série As Melhores Ações da Bolsa, dos analistas Fernando Ferrer e João Souza, exclusiva para assinantes.
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