A semana começa de forma positiva com três notícias sobre a China. O governo chinês está flexibilizando gradualmente as medidas de isolamento por conta da Covid-19. Um exemplo em termos práticos é que o metrô de Shanghai voltou a funcionar, ainda que parcialmente.
Em paralelo, a rádio oficial do país divulgou novas medidas para estabilizar a economia, sendo que o Banco Central chinês já havia decidido reduzir a taxa de juros de cinco anos ou mais de 4,60% para 4,45% ao ano.
Outro ponto é que o Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, disse que está considerando retirar as tarifas de importação impostas à China no governo Trump, com intuito de estimular o comércio global e conter a inflação.
Portanto, um cenário benéfico para países emergentes em geral.
“O dia começa favorável para o Brasil, que é muito ligado à economia chinesa e aos preços de matérias-primas”, comentou Felipe Miranda, CEO e estrategista da Empiricus, nesta segunda-feira (23/05) em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram, canal exclusivo de comunicação com os assinantes da casa.
Logo cedo, os preços do petróleo e do minério de ferro subiam, bem como os contratos futuros das bolsas americanas.
Agenda do mercado
O analista destacou ainda alguns dados e assuntos que movimentarão a semana:
IPCA-15
Amanhã, o IBGE irá divulgar o IPCA-15, que é considerado a prévia da inflação de maio. Esse indicador é importante pois é um dos balizadores da política monetária.
ICMS e os combustíveis
Por aqui, outro ponto de atenção é que o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) poderá sofrer modificação por conta dos elevados preços dos combustíveis e energia. O presidente da Câmara, Arthur Lira, quer pautar a votação de um projeto de lei que limita a alíquota a 17% para insumos classificados como essenciais como combustíveis e conta de luz.
“Há a expectativa em relação ao limite do ICMS sobre combustíveis, o que poderia reduzir o IPCA. Isso cria problemas para as contas dos Estados, mas em termos de controle da inflação, é positivo”, destaca Felipe.
Ata do Fed
Na quarta-feira, o Federal Reserve (Fed), o banco central americano, divulgará a ata da última reunião. O mercado está ansioso quanto ao documento, pois poderá dar pistas sobre o ritmo da alta dos juros na economia americana.