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Nubank (NUBR33; NU) soltou resultado misto: “Tem boas e más notícias”, avalia Felipe Miranda sobre o desempenho da fintech no 4T21

Para o CIO e estrategista-chefe da Empiricus, o roxinho apresentou alguns dados positivos, mas há outros pontos de atenção; confira

Por Daniela Rocha

23 fev 2022, 15:36 - atualizado em 19 fev 2024, 17:25

O Nubank (NUBR33 na B3 ou NU na Bolsa de Nova York) teve resultado misto no quatro trimestre de 2021, na visão de Felipe Miranda, CIO e estrategista-chefe da Empiricus. 

“Achei que o que o resultado tem boas e más notícias”, disse nesta quarta-feira (23/02) em seu grupo Ideias Antifrágeis no Telegram. Esse foi o primeiro balanço do roxinho após seu IPO.

O balanço apontou prejuízo veio menor e o roxinho também registrou crescimento na sua base de clientes – dois aspectos que boa parte do mercado esperava. Por outro lado, a inadimplência aumentou. 

“O que me preocupa é a forma de contabilização da inadimplência”, destacou o analista. Segundo ele, no crédito rotativo, o banco pode estar contratando um problema lá na frente, que ainda não está aparecendo no resultado. “E como a base de clientes avança rapidamente, ainda não deu tempo de os entrantes virarem na estatística de inadimplentes.”

O índice representa a inadimplência sobre a base total de clientes, então, como há um intenso ritmo de novos correntistas, essa relação (ratio) fica baixa. “Mas quando desacelerar esse crescimento de clientes, esse número da inadimplência vai aparecer”, comentou. 

No Nubank, a inadimplência de empréstimos pessoais acima de 90 dias subiu de 3,4% no terceiro trimestre para 3,5% no quarto trimestre de 2021. 

Para Felipe, mantêm-se os desafios do banco no médio e longo prazo, principalmente no valuation de 9 vezes o book. “Me parece puxado. A tese de short continua”, ressaltou. 

Resultado do Nubank no 4T21 – destaques:

Prejuízo líquido: US$ 66,2 milhões, reduzindo o resultado negativo de US$ 107,1 milhões no 4T20 – uma melhora de 36,2%

Receita: US$ 635,9 milhões no quarto trimestrecrescimento de 224,3%

Base de clientes: crescimento de 5,8 milhões no quarto trimestre do ano passado, totalizando 53,9 milhões

Long em Banco do Brasil & Short em Nubank

Em meados de janeiro, Felipe Miranda recomendou uma operação Long & Short na carteira Oportunidades de Uma Vida

A ação na ponta comprada (long) é aquela que o analista acredita que terá valorização – Banco do Brasil (BBAS3).

Já na posição vendida, o papel é aquele cuja perspectiva é de queda na cotação, no caso, Nubank (NUBR33; NU)

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Sobre o autor

Daniela Rocha

Coordenadora de Conteúdo na Empiricus. Jornalista com MBA em Finanças na FIA. Atuou nas editorias de economia da TV Cultura e da Band e foi colaboradora do Valor Econômico, Exame e RI.