Logo após o pregão regular de hoje (21), a desenvolvedora de chips Nvidia (B3: NVDC34 | Nasdaq: NVDA) entrou na mira dos investidores com seus resultados do quarto trimestre do ano fiscal de 2024 (encerrado em janeiro). A companhia, mais uma vez, apresentou números melhores que a estimativa dos analistas.
A receita da empresa no trimestre foi de US$22,103 bilhões, valor 265% maior do que o reportado um ano antes.
Produtos de Data Center e Gaming se destacaram
O grande responsável por esse crescimento foram os produtos voltados a Data Center, que totalizaram vendas de US$18,404 bilhões (+409% vs. 4T23). Já a parte de Gaming, que era o principal segmento da companhia, somou vendas de US$2,865 bilhões (+56%).
A oferta dos chips voltadas a Inteligência Artificial, com um valor agregado maior, permitiram à empresa ganhar mais de 10 pontos de margem bruta, que encerrou o trimestre nos 76,7% (ante 66,1% no 4T23).
Apesar do aumento nas despesas operacionais (+25%), o percentual bem menor que o crescimento nas vendas fez com que a empresa reportasse um lucro operacional 563% maior na comparação anual, totalizando US$14,479 bilhões.
Na linha final de resultado, o lucro líquido ajustado somou US$12,839 bilhões, ou US$5,16 por ação, aumento de 486% em relação ao 4T23.
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A demanda por chips da Nvidia segue a todo vapor
Os resultados referentes ao ano fiscal também mostraram que a demanda por chips para que as tecnologias de IA se tornem realidade segue firme e forte.
Nos doze meses as vendas foram de US$60,922 bilhões, uma alta de 126% quando comparado com o ano fiscal anterior. A parte de Data Center totalizou receita de US$47,525 bilhões (+217% vs. 2023), e a de Gaming somou US$10,447 bilhões (+15%).
A margem bruta do período chegou perto dos 74%, ante 59,2% um ano antes.
Da mesma forma que no último trimestre, o forte crescimento das vendas aliado às despesas controladas (+13% vs. 2023) fizeram com que o lucro operacional somassem US$37,134 bilhões (+311%).
O lucro líquido ajustado no ano foi de US$32,312 bilhões, o equivalente a US$12,96 bilhões, comparado com US$8,366 bilhões (US$3,34/ação) na comparação anual.
Não bastassem os ótimos números, a expectativa da direção para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2025 é de receita na casa dos US$24 bilhões (+-2%), acima da média de US$22 bilhões esperada pelo mercado. Além disso, a companhia deve conseguir manter suas margens nos patamares atuais, entre 76,3% e 77%.
Nem a China desanimou o mercado
Nem mesmo o aviso da empresa de que as vendas de chips para a China — um dos seus principais mercados — reduziu significativamente no trimestre por conta das restrições impostas pelo governo americano impactou o ânimo dos investidores, com as ações subindo mais de 7% no after-market, recuperando parte da desvalorização recente do ativo.
E isso acabou impactando o setor de semicondutores como um todo, com ações de empresas como SuperMicro e Arm Holdings subindo mais de 5% no pregão estendido.
Ainda que, infelizmente, não tenhamos posição em Nvidia (B3: NVDC34 | Nasdaq: NVDA) na nossa carteira MoneyBets, entendo que as nossas apostas no setor também podem se beneficiar de uma continuidade na empolgação dos investidores com o tema de Inteligência Artificial.
Por fim, se quiser receber em primeira mão os nossos comentários sobre os balanços do 4T23 divulgados pelas empresas da B3, com recomendações do que fazer com as ações, clique aqui.