Na última terça-feira (28), a Oncoclínicas (ONCO3) divulgou seu resultado referente ao 4T22, que veio acima do consenso de mercado, tal qual ocorrido no 3T22.
A companhia reportou uma receita líquida de R$ 1,2 bilhão no período, crescimento de 58% na comparação anual (26% organicamente) e de 4,5% na comparação com o 3T22.
A expansão apresentada no trimestre é decorrente principalmente das aquisições anunciadas – inclusive a Unity, do aumento do volume de procedimentos combinado e do incremento de ticket médio. No fechamento do ano, a companhia reportou 131 unidades de atendimento. No ano, o crescimento foi de 51%, para R$ 4 bilhões.
Apesar dos desafios macroeconômicos, a Oncoclínicas surpreendeu o mercado ao reportar um ganho de 2,6 pontos percentuais em sua margem bruta, ficando em 37% no trimestre e ultrapassando o patamar recorde atingido no 2T22.
A performance se deve as melhores condições comerciais na aquisição de insumos, aumento na participação dos câncer centers (que possuem margem bruta mais elevada que as clínicas) dentro do mix de faturamento, indicando uma tendência sustentável de expansão de margem e a integração das aquisições recentes.
O lucro bruto da Oncoclínicas foi de R$ 452 milhões, crescimento de 70% em relação ao 4T21.
As despesas operacionais seguiram a tendência apresentada no último trimestre e encolheram como percentual da receita líquida, atingindo 17,6%.
O bom desempenho na contenção de despesa indica que as iniciativas de racionalização nas empresas adquiridas têm sido feitas de forma bem-sucedida. Mesmo com esse bom resultado, é esperado que haja uma maior eficiência nesse sentido, promovendo uma maior alavancagem operacional no negócio nos próximos trimestres.
Dessa forma, o ebitda do trimestre cresceu 115% e atingiu o recorde de R$ 239 milhões. Já a margem ebitda avançou 5,1 pontos percentuais para 19,6%.
ONCO3 lucra R$ 97 milhões no trimestre e reduz endividamento
Mesmo pressionado pelas despesas financeiras, o lucro líquido totalizou R$ 97 milhões, beneficiado pelo bom desempenho operacional da companhia e pela normalização da alíquota efetiva de imposto de renda, endereçando ineficiências operacionais e tributárias.
No trimestre, a Oncoclínicas gerou R$ 260 milhões de caixa, reduzindo a alavancagem para 2,7 vezes. De acordo com a companhia, a estimativa é atingir 2,2 vezes até o final deste ano apenas com a geração de caixa da própria operação.
Com 6,1% de participação de mercado e líder de seu segmento, a companhia possui robustas avenidas de crescimento orgânico e inorgânico, além de negociar a múltiplos atrativos para 2023 (6 vezes ebitda e 10 vezes seus lucros).
Por conta disso, a Oncoclínicas (ONCO3) segue como uma sugestão da série Carteira Empiricus.