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Onde investir depois do Copom? ‘Às vezes não fazer nada é a melhor decisão’, diz analista; saiba por que

Resposta do Banco Central no comunicado da quarta-feira surpreendeu o mercado, e esperar pode ser a melhor opção para o investidor; entenda

Isabelle Santos

Por Isabelle Santos

23 mar 2023, 14:32 - atualizado em 23 mar 2023, 14:32

Banco Central do Brasil - reunião Conselho Monetário Nacional (CMN) Mercao copom
Imagem: Raphael Ribeiro/BCB

A atenção do mercado financeiro ontem (23) estava toda voltada para as decisões do Fed (banco central dos EUA) e do Copom, aqui no Brasil. Lá nos Estados Unidos, o Federal Reserve elevou a taxa básica de juros em 0,25 ponto base e descartou um corte de juros ainda este ano. 

Por aqui, o Copom comunicou a sua decisão de manter a Selic em 13,75% ao ano, algo que já era esperado por boa parte do mercado. Entretanto, o que surpreendeu investidores e especialistas foi o tom adotado pelo Banco Central. 

Em seu comunicado, o Banco Central defendeu que não há espaço para uma queda de juros em um futuro próximo e reiterou a postura de que, se necessário, voltará a subir a taxa Selic para conter a inflação. 

Nesse cenário, os ativos de risco são os mais penalizados. Ontem, por exemplo, o Ibovespa atingiu a mínima do ano. Nesta quinta-feira, perto das 12h, o índice foi abaixo de 100 mil pontos.

Agora, o investidor precisa se preparar para conviver por mais tempo em um ambiente de juros altos e maior volatilidade na bolsa. 

Felizmente, “o investidor é muito bem pago para esperar”, afirma o analista da Empiricus Research, Matheus Spiess. De acordo com o especialista, é possível buscar rentabilidade de 14% ao ano, sem fazer nada

A seguir explico em mais detalhes o que está em jogo neste momento e como você pode ter lucro de 14% ao ano enquanto espera a poeira baixar. 

‘Queda de braço’ do governo com o Copom ganhará novos capítulos

Talvez pareça sem sentido que o comunicado do Banco Central tenha muito mais impacto nos mercados do que a própria manutenção da Selic a 13,75% ao ano. 

Contudo, a resposta da autoridade monetária no comunicado de ontem foi interpretada por muitos especialistas como um recado para o governo de que o Banco Central não cederá a pressões por juros mais baixos. 

Desde o início do ano, o presidente Lula, criticou a condução da política monetária e chegou a questionar a validade da independência do BC. 

Entretanto, ontem a autoridade monetária deixou claro que a redução dos juros não é algo que depende apenas do Banco Central, é preciso que o governo também faça a sua parte apresentando o arcabouço fiscal

Trata-se da proposta para a regra fiscal que substituirá o teto de gastos e que, até o momento, o governo não apresentou.

Sem uma proposta clara, pode haver uma desancoragem da economia e a volatilidade dos ativos tendem a ser ainda maiores, explica Matheus Spiess. 

Governo reage à decisão do Copom

A decisão do Banco Central não só pegou grande parte do mercado de surpresa como provocou reações de autoridades e figuras ligadas ao governo.

O ministro Haddad chamou de “comunicado preocupante”, já a presidente do PT, Gleisi Hoffmann classificou como “derrotada” a política monetária do Banco Central.  

Para Matheus Spiess, este é só o começo. Ele aponta que é preciso se preparar pois teremos muito atrito político nas próximas semanas. 

Diante desse cenário, a volatilidade da bolsa brasileira tende a ser ainda maior. Além disso, o analista aponta que, sem a possibilidade de queda de juros no futuro próximo, não há gatilhos. Isto é, será mais difícil encontrar boas oportunidades. 

Assim, a pergunta de muitos investidores nesse momento é: 

Onde investir agora?

Para Spiess, “a tão sonhada queda dos juros não deve acontecer nas próximas reuniões de maio e junho”. Nesse contexto, o melhor que o investidor pode fazer é esperar

Estamos vivendo um cenário em que o investidor é muito bem pago para esperar”, afirma.

Em outras palavras, o que o analista quis dizer é que, neste momento de juros e inflação alta, o investidor pode ter excelentes retornos na renda fixa

Para você ter uma ideia, atualmente o CDI está rodando a quase 14% ao ano e ainda é possível encontrar títulos que pagam IPCA + 6% ao ano, livre de imposto de renda

Para você ter uma ideia, o acumulado dos últimos 12 meses do IPCA é de 5,60% ao ano. Ou seja, um título que paga IPCA + 6%, na prática rende 11,60% ao ano. 

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Como por exemplo:

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Estes produtos não são oferecidos pelos bancões para todo mundo. E quando eles aparecem no mercado, não costumam ficar disponíveis por muito tempo. 

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Isabelle Santos

Sobre o autor

Isabelle Santos

Comunicóloga formada pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). É redatora do Money Times, Seu Dinheiro e Empiricus.