Investimentos

Panvel (PNVL3): com projeto robusto de expansão, empresa inaugura 44 lojas em um ano e pode se tornar uma gigante da bolsa; ação tem potencial para valorizar 125%

Analistas da série da série Microcap Alert, da Empiricus, consideraram os resultados da rede de farmácias sólidos no 2T22 e recomendam ação

Por Juan Rey

26 ago 2022, 13:46 - atualizado em 26 ago 2022, 14:22

Panvel PNVL3 Farmácia
Imagem: Freepik

Os resultados do segundo trimestre de 2022 da Panvel (PNVL3), aliados ao ambicioso projeto de expansão da empresa, são bem vistos pelos especialistas da série da Empiricus Microcap Alert

As microcaps são empresas de menor valor na bolsa – abaixo de R$ 1,5 bilhão – com potencial de crescimento exponencial. Este parece ser o caso das ações da rede de farmácias, que na visão dos analistas têm um valor justo 125% maior que os R$ 12,89 apresentados no fechamento de mercado da última quinta-feira (25).

Desde o 2T21, a Panvel registrou abertura líquida de 44 lojas. Não por acaso, os analistas Rodolfo Amstalden, Richard Camargo e Ruy Hungria exaltaram em relatório recente que a empresa apresenta resultados “dignos de quem tem o sonho de se tornar uma gigante”. 

Além do aumento no número de lojas, a produtividade de cada uma delas também cresceu. As vendas aumentaram 19% em comparação com as lojas abertas há mais de um ano. Quando comparadas às lojas maduras da companhia, o aumento foi de 15%. 

Vale destacar que a empresa comercializa, desde 1989, produtos de marca própria. O portfólio inclui mais de 500 itens, dentre eles maquiagens, protetor solar e peças infantis.

Vendas digitais e participação de mercado da Panvel também empolgam

O crescimento das vendas da Panvel não se resumem às lojas físicas: os analistas observaram uma contínua evolução da penetração nas vendas digitais, segmento em que a rede de farmácias é referência.

Tradicional no Rio Grande do Sul, a Panvel também tem colhido resultados das expansões realizadas em Santa Catarina e no Paraná. O market share (participação de mercado no setor) da Panvel nos estados da região Sul cresceu 0,4% quando comparado ao 2T21.

A companhia planeja focar no crescimento na região até 2025. Depois, a ideia é voltar os olhos para outros estados, como São Paulo – onde já tem seis lojas – e Mato Grosso do Sul.

Para o sócio-fundador da Empiricus e analista da série Microcap Alert, Rodolfo Amstalden, os números apresentados no 2T22 são uma prova de que a empresa vem bancando seus planos ambiciosos de crescimento.

“Os resultados foram muito positivos, além de conter o avanço das principais rivais na região Sul. Por 14 vezes lucros, a Panvel segue no portfólio Microcap Alert”, avaliou.

Receita bruta da PNVL3 supera R$ 1 bilhão

A combinação de mais lojas e mais vendas gerou um aumento de 26% na receita bruta consolidada (varejo e atacado) da rede de farmácias, que atingiu R$ 1,06 bilhão.

“Enquanto os trimestres passados foram afetados pelas pressões inflacionárias de custos, em abril deste ano foi permitido o reajuste nos preços de medicamentos, o que trouxe um ganho de 1% de margem bruta em comparação ao 2T21”, explicaram os analistas.

Apesar disso, a inflação continuou atrapalhando a linha de despesas da Panvel, que aumentou 29% e impediu um crescimento mais robusto do lucro operacional.

O plano de expansão ambicioso, aliado à taxa Selic elevada, também teve um custo: o resultado financeiro passou de um ganho de R$ 4 milhões no 2T21 para uma despesa de R$ 6 milhões no segundo trimestre de 2022.

O número afetou o lucro líquido, que cresceu menos que o resultado operacional. Ainda assim, o índice apresentou alta de 16% sobre o 2T21 e chegou a R$ 28 milhões.

No geral, os resultados da Panvel são considerados sólidos. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 56,1 milhões, alta de 40% com relação ao 1T21. A margem Ebitda chegou a 5,3%, um ganho de 0,5% pontos percentuais sobre o mesmo período do ano passado.

“A alavancagem está em níveis bastante confortáveis de 0,7x dívida líquida/Ebitda neste momento, mas preferimos não ver o endividamento subir muito mais neste ambiente de juros elevados”, finalizaram os analistas.

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Sobre o autor

Juan Rey

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Contato: juan.rey@empiricus.com.br

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