Quem acompanha o mercado de perto, provavelmente tem visto as ações do Pão de Açúcar (PCAR3) com frequência, mesmo sem querer. Isso porque o papel figurou constantemente entre as maiores altas e baixas do dia na primeira quinzena de janeiro.
No pregão da última segunda-feira (15), por exemplo, as ações foram o destaque positivo da B3, com alta de 22,5%. Nesta terça (16), caem cerca de 4% por volta das 16h.
O que explica a alta de 22% das ações em apenas um dia?
O motivo é técnico. O analista Fernando Ferrer, da Empiricus, explica que cerca de 23% do free float (percentual de ações livres para negociação no mercado) da companhia estava em posições vendidas.
Ou seja, grande parte do mercado “apostava” na queda das ações. Com os rumores de que a companhia decidiu postergar o aumento de capital de R$ 1 bilhão, que diluiria os acionistas, os papéis subiram, o que provocou um short squeeze.
Isto é, os investidores que estavam posicionados em uma venda a descoberto viram o preço das ações subir e precisaram encerrar as posições vendidas para não ter um prejuízo ainda maior.
Isso gera um efeito em cadeia, pois outros players que estão na mesma situação, ao verem os investidores desistirem de suas posições, fazem o mesmo.
Assim a pressão de compra se torna gigantesca e o preço do ativo dispara ainda mais.
Toda essa especulação em torno do papel tem provocado grande volatilidade, com a alta estelar no último pregão sendo o ápice até aqui.
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Vale a pena investir no Pão de Açúcar (PCAR3)?
No Giro do Mercado desta terça (16), o analista Fernando Ferrer também abordou a situação operacional do GPA, que ainda é delicada, e por que ele prefere outra ação do setor de varejo de alimentos.
Assista à entrevista completa: