Os acionistas da Petrobras (PETR4) aprovaram na última quinta-feira (25) a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários da companhia, que inicialmente seriam retidos para uma reserva.
Dos R$ 43,9 bilhões que estavam travados, R$ 21,9 bilhões serão pagos aos investidores – e a outra metade também poderá ser distribuída neste ano.
A decisão é crucial para a tomada de decisão de investimento na companhia. Afinal é um forte alívio para a principal dor de quem confia e aporta seu dinheiro na companhia.
Isso porque, após o início do novo governo, investir na petroleira se tornou um grande dilema:
- De um lado, a empresa vem apresentando resultados extraordinários. Em 2023, por exemplo, teve lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo melhor de sua história e em linha com os anos anteriores;
- Por outro, a empresa que nos últimos anos chegou a figurar entre as maiores pagadoras de dividendos do planeta, se viu pressionada a reter parte desses lucros para investir em novas operações,das quais ainda não se conhece o potencial de retorno.
Nos anos anteriores, quando a Petrobras entregava um resultado robusto e distribuía aos acionistas, ela se tornou, indiscutivelmente, uma das melhores opções para quem buscava renda na bolsa.
Mas agora, a dúvida que sempre fica é: vale a pena correr o risco dos cortes nos dividendos e das “canetadas” do governo por conta dos bons resultados?
Analista rejeitou Petrobras em abril, mas prometeu ‘ficar de olho’
Na visão do analista Ruy Hungria, especialista da Empiricus Research, casa de análise pertencente ao grupo BTG, até o momento não valia.
Hungria reconhece os resultados robustos da companhia, mas, com o corte previsto de dividendos, entendia que os riscos não compensavam os potenciais retornos com PETR4.
Por conta disso, ele deixou a Petrobras de fora de sua lista de melhores ações para dividendos para abril.
A carteira contém as 5 melhores ações para quem busca renda e é atualizada mensalmente pelo analista.
Desde novembro de 2023, quando foi criada, a lista rendeu 21,9%, contra 13,2% do Ibovespa – e bateu o índice todos os meses, sem exceção.
Mesmo em seu único mês de queda (janeiro), a lista ainda assim perdeu menos que a bolsa brasileira, o que mostra o quão bem equilibrados e descorrelacionados são os ativos selecionados por Hungria.
No início de abril, apesar de não incluir PETR4 em seu portfólio premium, ele disse “estar de olho” na companhia. Afinal, é impossível ignorar seus resultados.
Mas e agora, como fica a opinião de Ruy após a aprovação da distribuição de dividendos?
Obviamente, é uma notícia positiva para investir em Petrobras, mas será que fará valer a pena, a ponto de a ação ser incluída entre as melhores para maio?
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Será que a Petrobras estará entre elas?
