O petróleo está no seu patamar mais alto de preço em 2023, com os contratos futuros do Brent cotados a US$ 94,36 no fechamento da última quarta-feira (27).
A redução no fornecimento da Arábia Saudita e da Rússia e os estoques nos EUA caindo mais que o esperado têm impulsionado a commodity. Tudo isso ocorre em meio à turbulência vivida pelos mercados globais, puxada pela percepção de juros mais altos por mais tempo nos EUA e a alta das taxas dos títulos do tesouro no país.
Neste contexto de incertezas, o sócio-fundador e estrategista-chefe da Empiricus Research, Felipe Miranda, acredita ser fundamental ter petróleo no portfólio.
“Não só porque as empresas ficaram muito baratas e vão gerar muito caixa com o petróleo nesse valor, como vira um hedge para o investidor”, afirmou.
A disparada da commodity pode manter os yields norte-americanos em patamares elevados para conter a pressão inflacionária, o que é ruim para os demais ativos de risco. Na contramão, as petroleiras devem se beneficiar.
Alta do petróleo aumenta upside das empresas do setor
O analista lembra que as projeções de valuations das empresas foram feitas com o petróleo na casa dos US$ 65. Portanto, o patamar atual implica um potencial de alta maior que os modelos previam.
“É um daqueles raros momentos que você goza de muito upside, porque as ações estão muito baratas com o petróleo num preço maior que os modelos precificaram. Isso vai gerar melhora de resultados e revisão de earnings para as petroleiras”, recomendou.
Inclusive, para Felipe Miranda, no momento “pouco importa o cavalo”. A alta da commodity é favorável para todas as empresas do setor. “Seja Petrobras, Prio, 3R Petroleum ou um ETF, é fundamental ter petróleo agora”.
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