A Petrobras (PETR4) comunicou na manhã desta terça-feira (16) que a sua Diretoria Executiva aprovou uma mudança na estratégia de precificação de combustíveis. A nova política de preços já era amplamente esperado pelo mercado.
O grande receio dos investidores era de um congelamento de preços ou que as referências internacionais fossem completamente abandonadas na formação dos preços, o que poderia implicar em prejuízos bilionários para a estatal nas importações de combustíveis para abastecimento do mercado interno – exatamente o que aconteceu no governo Dilma Rousseff.
Mas o comunicado afastou essa hipótese, pois indica que, apesar de os custos regionais ganharem mais importância na comparação com a política de precificação que estava em vigor, os combustíveis ainda terão relação com as cotações internacionais e a companhia levará em consideração os seus custos de produção na definição dos preços, o que indica sustentabilidade financeira e também afasta a possibilidade de a companhia vender combustíveis abaixo do seu preço de custo, como aconteceu em meados da década passada.
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Como não foi apresentada uma fórmula ou detalhes mais aprofundados do novo método de precificação, ainda não temos como definir como o lucro, os dividendos e o preço dos combustíveis serão afetados. No entanto, em linhas gerais, o comunicado reduz os riscos associados à tese e o grande medo dos investidores, que era o de que a companhia abandonasse sua sustentabilidade financeira em favor de políticas populistas do novo governo.
Por menos de 3 vezes lucros, a Petrobras segue pressionada pelos receios de interferência política, o que deve ser um pouco amenizado depois desse comunicado. Dentro de uma carteira diversificada, PETR4 ainda faz sentido para quem investe em busca de dividendos, e por isso a ação segue dentro da série Vacas Leiteiras.
Inclusive, neste outro conteúdo aqui, falamos um pouco sobre como “driblar” qualquer risco relacionado aos dividendos de Petrobras e ter chance de lucrar mesmo assim.
