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Com o petróleo em queda livre por conta das tarifas de Donald Trump, vale a pena falarmos um pouco sobre como isso afeta a tese da Petrobras (PETR4).
A primeira pergunta que surge é “até onde o petróleo pode cair?”.
Apesar de ninguém conseguir respondê-la, sabemos que ao excluir eventuais posicionamentos técnicos, hedges e apostas que podem distorcer os preços no curto prazo, o petróleo não poderia ficar muito tempo abaixo do breakeven dos produtores marginais.
Isso porque, à medida que os preços caem abaixo dos custos e despesas, eles precisam diminuir capacidade ou mesmo encerrar operações para parar de queimar caixa.
Segundo a Rystad Energy, uma das maiores consultorias de Óleo e Gás do mundo, o petróleo perto de US$ 60 já deixa muito produtor médio nos Estados Unidos e em várias partes do mundo no negativo, e isso já deveria começar a forçar uma redução de capacidade e, consequentemente, da pressão sobre as cotações.
E a Petrobras nessa história?
Em nossas contas, a estatal tem um breakeven um pouco abaixo de US$ 50/barril. Enquanto muitos produtores já estão com o nariz debaixo d’água com o barril nos US$ 60, a Petrobras ainda consegue gerar algo em torno de US$ 6 bilhões de caixa livre, o que mostra que a companhia possui fôlego para sobreviver esse período de vacas magras, à espera de um reequilíbrio do mercado de óleo e gás.
Continuaremos atentos, mas PETR4 segue como uma recomendação da Empiricus Research para buscar dividendos.