Após o fechamento do pregão de ontem (12), a Cyrela (CYRE3) divulgou a prévia dos seus resultados operacionais do 1T23, com resultados satisfatórios diante de um momento delicado do setor imobiliário, impactado pelo patamar elevado das taxas de juros e pelo alto custo construtivo.
A companhia lançou oito empreendimentos no trimestre, com um VGV total de R$ 1,3 bilhão, aumento de 29,6% na comparação anual. Se considerarmos apenas a participação da Cyrela, após excluirmos as permutas, o VGV foi de R$ 875 milhões, 24% acima do mesmo período do ano anterior e 39% abaixo do 4T22.
As vendas líquidas contratadas somaram R$ 1,5 bilhão no 1T23, superando em 18% o 1T22. Desse total, 61% (R$ 936 milhões) é referente à venda de estoque em construção, 31% (R$ 479 milhões) de lançamentos e 8% de estoque pronto. Considerando a participação da Cyrela, as vendas líquidas atingiram R$ 1,1 bilhão no 1T23, 9% acima do 1T22 e 27% abaixo do 4T22.
O ponto negativo vai para o indicador de velocidade de vendas (VSO) de lançamentos, que atingiu o patamar de 36%, ficando bem abaixo do 1T22 (51%) e do 4T22 (58%).
De forma geral, mesmo com um cenário macro desafiador para o segmento, a companhia segue com resultados sólidos. O grande desafio para a Cyrela neste ano é a geração de caixa, que é providencial para manutenção da dívida em patamar controlado (dívida líquida/PL de 7,8%).
Diante da alta das ações nos últimos dias (papel sobe 12% em abril), não esperamos uma performance de destaque da companhia no pregão de hoje (13). Negociando a 6 vezes os seus lucros projetados para 2023, os papéis de CYRE3 seguem recomendados pela Empiricus.