As prévias operacionais das incorporadoras Mitre (MTRE3) e Direcional (DIRR3), referentes ao primeiro trimestre de 2022, são positivas, na visão de Felipe Miranda, co-CEO da Empiricus. As ações das duas empresas fazem parte da carteira que ele conduz Oportunidades de Uma Vida.
“São companhias que têm management e bons produtos, estão conseguindo vender. Claro que dependem de um alívio na curva de juros, mas à medida que isso acalme ou só o fato de não ficar estressando, elas vão andar a partir de bons resultados”, comentou o analista em seu grupo no Telegram Ideias Antifrágeis, canal de comunicação direto com os assinantes da casa, onde comenta a agenda macro e temas quentes do mercado.
A Mitre, focada em empreendimentos residenciais para o público de média e alta renda em São Paulo, atingiu R$ 180 milhões em vendas brutas no 1T22, um aumento de 62,6% em relação ao mesmo período de 2021. Excluindo comissões e distratos, as vendas líquidas somaram R$ 153,5 milhões, um avanço de 85,3% na mesma base de comparação. “Teve uma velocidade de vendas, sem muitos lançamentos, que foi bastante razoável. Está vendendo, tem um estoque de qualidade e o valuation da companhia hoje é muito barato”, ressalta.
De acordo com Felipe Miranda, conforme as obras da Mitre forem avançando e tiverem reconhecimento de receitas, o lucro líquido tenderá a aumentar ao longo do tempo. “Quando o juro acalmar, isso aqui é para multiplicar por 2,5 vezes”, avalia sobre o potencial da ação no médio prazo.
Quanto à Direcional Engenharia, a construtora que atua no segmento de empreendimentos residenciais populares e de médio padrão, reportou vendas líquidas contratadas de R$ 622 milhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 21% sobre os três primeiros meses de 2021. Segundo Felipe, o desempenho foi bastante concentrado em março, mês que registrou recorde de vendas, e abril segue imprimindo bom ritmo também.
Em sua prévia, a Direcional reportou o resultado do primeiro mês operacional da Direto, fintech de crédito imobiliário em parceria com a XP, que originou mais de R$ 40 milhões em operações. “Essa fintech está começando a rodar e o mercado deve olhar com mais atenção para isso nos próximos meses, tem valor escondido aí”, conclui.