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A Priner (PRNR3) divulgou o resultado do 4T24 com números recordes, apesar de uma pressão na linha de despesas por conta das recentes aquisições.
Confirmando a recuperação do 3T após atrasos de contratos no primeiro semestre, a Receita da Priner atingiu R$ 419,7 milhões, expansão de +48,7% vs 4T23 e +6,9% vs 3T24, ajudada pela retomada desses contratos, aquisição da Real Estrutura e uma boa ajuda de serviços no segmento de Infraestrutura.
Vale ressaltar que além do aumento no top line, a entrada em montagem industrial com a compra da Real Estruturas proporcionou maior diversificação no mix de receita, o que também minimiza riscos setoriais e impactos de sazonalidade.

Segmentos mais rentáveis X maiores despesas da Priner
No trimestre, observamos uma ótima expansão de +1,7 p.p. de margem bruta da Priner, que atingiu 24,4%, um dos maiores patamares da história da companhia. Isso é reflexo do aumento da representatividade de segmentos mais rentáveis, especialmente serviços de infraestrutura.
No entanto, é importante ressaltar que boa parte desses contratos têm duração curta, o que combinado com a sazonalidade mais fraca no início do ano deve resultar em uma pequena redução dessa margem no 1T25.
O destaque negativo do trimestre foi a linha de despesas, que chegou a R$ 56,4 milhões, aumento de +28,8% e 36,9% vs 3T24 e 4T23 respectivamente.
Esse incremento relevante está relacionado à performance da Real Estruturas e do segmento de infraestrutura bem acima das expectativas, o que provocou uma concentração de pagamentos de bônus no 4T24 que não estavam provisionados – na teleconferência de resultados, os executivos explicaram que o efeito não recorrente somou -R$ 7,5 milhões.
A gestão também mencionou que pretende alterar a contabilização desses incentivos de forma que sejam provisionados ao longo do ano e não fiquem concentrados em um único trimestre.
Lucro líquido avançou 2,4% na comparação com o 3T24
Com esse impacto, o Ebitda da Priner apresentou um crescimento tímido de +3,2% vs 3T24 e chegou a R$ 60 milhões, com perda de -0,5 p.p. de margem. Sem o efeito não-recorrente, o Ebitda teria crescido +16,5%, com ganho de +1,3 p.p. de margem.
O resultado financeiro de -R$ 14,8 milhões apresentou uma melhora de R$ 1 milhão em comparação com o 3T24, por conta do pagamento do sinal da aquisição da Real. Por fim, o Lucro Líquido fechou o período em R$ 21,3 milhões, uma pequena melhora de +2,4% para o 3T24 e uma alta considerável para o lucro líquido de R$ 4,9 milhões do 4T23.
Com uma boa posição em caixa, a companhia encerrou o período com dívida líquida em R$ 380,5 milhões e uma alavancagem de 1,88x, que segue em um patamar saudável.
PRNR3 segue com recomendação de compra
Apesar de afetado pelas despesas não-recorrentes, o 4T24 já deu sinais de que a Priner alcançou outro patamar com as aquisições recentes.
E mesmo com uma pequena desaceleração no 1T25 por conta de efeitos sazonais, o ano de 2025 trará aumento de receita, ajudada pelos novos negócios e cross sell, além de melhora de margem por conta da contribuição de segmentos mais rentáveis. A Priner segue recomendada pela Empiricus Research.
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