Investimentos

Prio (PRIO3): ações caem com produção de maio e greve do Ibama, mas petrolífera ainda é a melhor do setor privado, afirma analista

Nesta semana, Prio divulgou uma queda na produção de maio, relacionada à paralisação do Ibama. Veja por que ainda vale investir na ação.

Por Nicole Vasselai

07 jun 2024, 11:42 - atualizado em 07 jun 2024, 12:16

PRIO PRIO3
Imagem: Divulgação/PRIO

Na última quarta-feira (5), foram divulgados dados de produção de maio da Prio (PRIO3), que vieram abaixo do esperado pelo mercado, segundo a analista Larissa Quaresma, da Empiricus Research.

A petrolífera produziu 88,7 mil barris de petróleo equivalente por dia (boepd) em maio, número 4,4% menor do que no mês anterior. Em abril, a produção diária foi de 92,7 mil barris.

Ainda assim, maio foi o terceiro melhor mês do ano, atrás apenas dos dados de janeiro e abril.

Por que a produção de Prio caiu em maio?

O motivo da queda na produção, conta Quaresma, tem a ver com a paralisação de poços em Frade, Polvo e Tubarão Martelo. Esses ativos dependem da liberação do Ibama (órgão regulador ambiental) – que está em greve – para realizar técnicas de intervenção.

As ações de Prio chegaram a cair mais de 2% entre o momento da divulgação do relatório e o fechamento do pregão de ontem (6). Nesta sexta (7), o papel desvaloriza 1,19% às 10h55.

“Foi uma surpresa negativa, porque ninguém esperava que essa paralisação do Ibama afetasse, inclusive, a evolução de produção orgânica além de Wahoo, que é um dos grandes pilares da nossa tese de investimento”, explica a especialista em ações.

Quaresma acredita que a notícia abra espaço para o mercado revisar para baixo a produção prevista para este ano, por conta da continuidade da paralisação do Ibama.

Paralisação do Ibama deve ser temporária

No momento, o Ibama está numa paralisação parcial de suas atividades, mas pode vir a parar totalmente nas próximas semanas, no intuito, segundo Quaresma, de forçar a resolução das demandas do órgão por parte do governo.

“Isso seria bom pra acelerar a volta das atividades do Ibama e a liberação dos poços a Prio com produção interrompida”, avalia.

Prio continua sendo a melhor petrolífera privada para investir

Independentemente da greve afetar de forma momentânea a liberação dos ativos da petrolífera, Quaresma acredita que os fundamentos da ação continuam mantidos.

“Ainda assim, dentre os pares, a companhia deve continuar sendo a maior geradora de caixa, a que tem maior fluxo de caixa livre entre as petrolíferas privadas, e por isso mantemos a ação na carteira de 10 ideias para investir“.

Sobre o autor

Nicole Vasselai

Editora do site da Empiricus. Jornalista formada pela Faculdade Cásper Líbero, com MBA em Análise de Ações e Finanças e passagem por portais de notícias e fintechs.