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Prio (PRIO3) reporta produção de óleo estável em setembro; ação garante seu lugar em carteira de investimentos

Os dados de produção da Prio (PRIO3) apontaram números estáveis em relação ao mês anterior. Confira.

Por Larissa Quaresma, CFA

16 out 2024, 15:18 - atualizado em 16 out 2024, 15:19

PetroRio PRIO3

Imagem: Divulgação/PetroRio

A Prio (PRIO3) divulgou seus dados operacionais de setembro de 2024, registrando uma produção média de 71,5 mil barris de óleo equivalente por dia (boe/d), praticamente estável em relação ao mês anterior.

Dados de produção da Prio em setembro

Passando por cada um dos campos, a produção da Prio em Frade apresentou queda de cerca de 3 mil boe/d em relação a agosto (-8%), impactada pela manutenção na linha de offtake, que é a tubulação responsável por transportar o óleo produzido para as unidades de armazenamento ou para o mercado.

A manutenção já havia sido antecipada nos comentários do dado de produção do mês passado e, agora, a companhia informou que o trabalho foi retomada em 5 de setembro.

Fonte: Prio

Já no cluster Polvo e Tubarão Martelo, a produção cresceu 4% na comparação mensal, mesmo com uma parada para manutenção de alguns poços. Vale destacar que 1 dos 3 poços que aguardavam aprovação do Ibama para iniciar o workover foi regularizado e já retornou à produção em setembro. 

Por fim, a produção média diária em Albacora Leste avançou 10% no mês, apesar de impactada por uma falha no compressor de gás, cujo reparo foi concluído em 15 de setembro e a produção normalizada. A produção média de 25,5 mil boe/d de setembro mesmo diante da falha é um bom indicador de que o campo voltou a operar mais próximo da sua capacidade ótima, após a manutenção de 13 dias realizada em julho.

PRIO3 tem produção avaliada como neutra

Em resumo, a queda de produção em Frade, pelo volume mais expressivo do campo, praticamente compensou a melhora vista em Albacora Leste e Polvo + TMT. Olhando para frente, acreditamos que a normalização do campo Frade, impactada por uma manutenção pontual, e a aprovação do workover dos dois poços paralisados em Polvo + TMT — que deverá ocorrer em breve, dado o fim da greve do Ibama —, deverão puxar a produção diária da Prio para cerca de 85 mil boe/d.

Operando com esse nível mais normalizado, nossa expectativa é que a Prio atinja uma produção média próxima de 120 mil boe/d esse ano ao incorporar a produção do campo Peregrino. Em 2025, com a entrada operacional de Wahoo, esperamos ter na carteira uma petroleira com 160 mil boe/d, construindo uma posição de liderança ainda mais robusta entre as junior oils com o menor custo de extração.

No curto prazo, a volatilidade do preço do óleo e os dados de produção mensais mais fracos parecem ditar o comportamento das ações, que acreditamos estarem em um belo ponto de entrada.

As ações da Prio segue como uma recomendação de compra – assim como recomendamos estas outras ações para investir agora (lista de acesso gratuito).

Sobre o autor

Larissa Quaresma, CFA

Analista de ações há 10 anos, é responsável pela série As Melhores Ações da Bolsa e pela carteira mensal Empiricus 10 Ideias, além de integrar a equipe da Carteira Empiricus, o portfólio multimercado da casa. Ao longo da carreira, teve passagens pela Núcleo Capital, tradicional fundo de ações brasileiro, e pelo Credit Suisse. Administradora formada pelo Ibmec-MG, aluna visitante da Stanford University e com certificações CFA, CNPI e CGA.